O desemprego no Brasil recuou para 6,6% em 2024, atingindo o menor índice da série histórica iniciada em 2012. O dado representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação à média de 2023 (7,8%) e um recuo expressivo de 5,2 pontos percentuais na comparação com 2019 (11,8%). Em relação a 2012, quando a taxa foi de 7,4%, a redução é de 0,8 ponto percentual.
O desemprego totalizou 7,4 milhões de pessoas em 2024, uma queda de 1,1 milhão (-13,2%) frente ao ano anterior. Ao mesmo tempo, o número de pessoas ocupadas atingiu 103,3 milhões, um recorde na série histórica, com crescimento de 2,6% em relação a 2023.
- Apesar da queda no desemprego, a taxa de subutilização da força de trabalho foi de 16,2% em 2024, indicando que ainda há uma parcela significativa da população economicamente ativa que está subaproveitada, seja por estar subocupada, desalentada ou com disponibilidade para trabalhar mais horas.
- Especialistas apontam que, apesar da melhora nos números do mercado de trabalho, há desafios estruturais a serem enfrentados. A qualidade das ocupações, os níveis salariais e a informalidade ainda são pontos de atenção para garantir uma recuperação mais sustentável do emprego no país.
Análise dos dados de desemprego
De acordo com Maykon Douglas, economista, “apesar da ligeira perda de ritmo no caso do desemprego, a “foto” ainda é de um mercado de trabalho apertado, pois a resiliência do emprego e os ganhos reais continuam a sustentar a massa salarial.” Douglas destaca que “mesmo com o aperto monetário adicional que está por vir, o mercado de trabalho não parece dar sinais de que irá se deteriorar muito em 2025“. Por fim, o economista afirma que ” a previsão nowcasting para o PIB do 4T2024 é de uma alta trimestral de 0,54%“.