Após queda no início desta terça-feira (20), o Ibovespa virou em alta esboçando uma recuperação após dia de temores sobre o risco de disseminação da variante delta do coronavírus e os impactos para a recuperação da economia global. Apesar da cautela se manter, o dia começa com ganhos para o índice.
Ainda há um receio de que surjam novos surtos da doença, apesar do avanço da vacinação nos países desenvolvidos. Hoje, o principal índice da bolsa de valore (B3) aponta alta de 0,01%, aos 124.401 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial segue em elevação de 0,35%, a R$ 5,2684.
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Às 11h21, o Ibovespa amplia ganhos e sobe 0,47%, aos 124.974 pontos. Às 11h55, o índice superou os 125 mil pontos, para a máxima de 125.101,18 pontos, alta de 0,57%.
A expectativa do mercado é de que o Ibovespa deva ter uma melhora ensaiada pelos ativos de risco globais, depois das fortes perdas da véspera, quando os investidores mostraram-se assustados com os impactos da variante Delta na recuperação econômica. Porém, o movimento mostra sinais de fragilidade, deixando indefinida a direção para o dia.
Há também fatores domésticos que impedem a retomada do otimismo aqui, como a defesa do presidente Jair Bolsonaro de um Bolsa Família de R$ 300 e sua “ameaça” de que vai provar, na próxima semana, uma suposta fraude nas urnas eletrônicas no segundo turno da eleição de 2014.
Futuros
Às 9h05 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa com vencimento em agosto de 2021 tinha alta de 0,19%, a 125.305 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial opera em queda de 0,17% a R$ 5,241 na compra e a R$ 5,242 na venda. Já o dólar futuro com vencimento em agosto registra baixa de 0,30% a R$ 5,244.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 cai um ponto-base a 5,75%, o DI para janeiro de 2023 tem queda de um ponto-base a 7,14%, o DI para janeiro de 2025 recua dois pontos-base a 8,09% e o DI para janeiro de 2027 registra variação negativa de dois pontos-base a 8,52%.
Destaques
Os pilares do índice não dão refresco: caem bancos, siderurgia/mineração e Petrobras. Sem o referencial de Qingdao, Vale ON (VALE3) recua 0,41%, Usiminas PNA (USIM5) -0,40%, CSN ON (CSNA3) -0,07%, Gerdau PN (GGBR4) -0,81% e Gerdau Metalúrgica PN (GGBR4) -0,44%. Com a queda do petróleo, Petrobras ON (PETR3) desvaloriza 1,04% e PETR4 -0,50%. Bancos também reagem aos ruídos políticos. Banco do Brasil ON (BBAS3) cai 0,76%, Bradesco ON (BBDC3) -0,67%, BBDC4 -0,62%, Itaú Unibanco PN (ITUB4) -0,80% e a Unit do Santander (SANB11) -0,48%.
Altas
Após fortes altas ontem, dia de estreia das ações da Americanas SA, os papéis da empresa se destacam entre as altas do índice. Lojas Americanas (LAME4), que agora representa a holding da companhia, avança 3,42% (R$ 8,17) e Americanas SA (AMER3) registra alta de 1% (R$ 62,54).
Ações de frigoríficos também estão entre as maiores valorizações desta manhã: JBS (JBSS3) avança 2,54% (R$ 29,42) e Marfrig (MRFG3) tem alta de 1,75% (R$ 19,20).
Rumo (RAIL3), que tem grandes chances de construir uma ferrovia de 713 quilômetros no Mato Grosso, sobe 1,34% (R$ 21,15).
Baixas
Sem a referência de Qingdao para o preço do minério de ferro, as ações das siderúrgicas e da Vale lideram as baixas nesta manhã de terça-feira no Ibovespa. Usiminas (USIM5) recua 1,99%, a R$ 18,72, seguida por Gerdau (GGBR4) que cai 1,80% (R$ 28,98).
Metalúrgica Gerdau (GOAU4) perde 1,68% (R$ 13,49) e CSN (CSNA3) registra baixa de 1,45% (R$ 43,46). Vale (VALE3) tem baixa de 1,41% (R$ 110,58).
Ibovespa ontem
O Ibovespa começou a semana em queda ontem, acompanhando o temor do mercado externo com a variante delta da Covid-19. O índice finalizou o dia em baixa de 1,24%, aos 124.394,57 pontos. O volume movimentado foi de R$ 30,1 bilhões. Já o dólar apresentou uma forte alta de 2,64%, cotado a R$ 5,250.
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em queda generalizada nesta segunda, todos acima de 1% de baixa. A S&P 500 apresentou -1,58% (4.258,80), a Nasdaq fechou com baixa de -1,06% (14.274,98) e Dow Jones ficou -2,09% (33.963,29).
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