
Um software israelense projetado para rastrear criminosos e terroristas foi usado para grampear pelo menos 37 telefones celulares pertencentes a repórteres, ativistas de direitos humanos, diretores de empresas e duas mulheres próximas ao jornalista saudita Jamal khashoggi, morto em condições misteriosas em 2018. O caso foi investigado pelo Washington Post e outras 16 organizações de notícias.
O spyware, um vírus espião, de nível militar foi supostamente licenciado pela empresa israelense NSO Group. A investigação descobriu que os telefones hackeados estavam em uma lista de mais de 50.000 números baseados em países conhecidos por vigiar pessoas.
A lista de números foi compartilhada com o Washington Post e outras organizações de mídia pelo jornalismo sem fins lucrativos Hidden Stories, com sede em Paris, e pelo grupo de direitos humanos Amnistia Internacional.
O Grupo NSO refutou o relatório e negou as acusações, argumentando que a investigação inclui “teorias não corroboradas” com base na “interpretação enganosa de dados vazados de informações básicas acessíveis e evidentes”.
O Grupo NSO disse ainda que continuaria a investigar todas as acusações de uso indevido e tomaria as medidas adequadas.
O spyware Pegasus do Grupo NSO é licenciado para governos em todo o mundo e pode hackear os dados de um telefone celular e ativar o microfone, de acordo com o relatório. A NSO disse que o spyware só é usado para vigiar terroristas e outros criminosos.