Apesar de mais juros e inflação constatados no relatório Focus, o primeiro pregão para valer do ano começa com tom mais otimista e conseguiu fechar no azul.
Orçamento de 2025 e IOF: Haddad Rebate Temores do Mercado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou nesta segunda-feira (6) que o orçamento de 2025 foi o tema central de sua reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma conversa cercada de expectativas, Haddad esclareceu pontos sensíveis sobre a política fiscal e afastou boatos de um possível aumento no IOF para conter a alta do dólar.
Com a votação do orçamento de 2025 prevista para fevereiro, Haddad explicou que, até lá, o governo operará sob regras que permitem uma execução mais lenta e cautelosa no início do ano. Ele enfatizou que o foco é ajustar o orçamento às metas do novo arcabouço fiscal, aprovado no final de 2024. “Temos que alinhar com o relator para garantir que o planejamento reflita as novas perspectivas econômicas”, disse o ministro.
Brasil registra superávit comercial de US$ 74,6 bilhões em 2024
O Brasil encerrou 2024 com um superávit comercial de US$ 74,6 bilhões, conforme os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira (6). Apesar do saldo positivo, o resultado representa uma queda de 24,6% em relação ao recorde alcançado em 2023.
O desempenho comercial do ano passado foi impulsionado por exportações de US$ 337,0 bilhões e importações de US$ 262,5 bilhões. Enquanto as exportações recuaram 0,8% em comparação a 2023, as importações apresentaram um aumento expressivo de 9,0%. Esse contraste ajudou a reduzir o saldo final da balança comercial.
Dados internacionais impactam os mercados
No exterior, as atenções se voltam para os dados de emprego nos Estados Unidos. O relatório de dezembro sobre a criação de postos de trabalho fora do setor agrícola (payroll), que será divulgado na sexta-feira, é um dos indicadores mais aguardados pelos investidores.
Os principais índices futuros americanos operaram em alta durante a manhã: o Dow Jones subia 0,40%, o S&P 500 avançava 0,74%, e o Nasdaq registrava forte alta de 1,01%, refletindo otimismo em setores como tecnologia e consumo.
Mercado cambial e petróleo em foco
O dólar fechou em queda em queda de 1,13%, cotado a R$ 6,11. Nesta segunda-feira, a moeda norte-americana registrou uma cotação máxima de R$ 6,15 e mínima de R$ 6,09. A desvalorização ocorre em meio a expectativas globais de mudanças nos estímulos econômicos e indicadores de inflação.
No mercado de petróleo, os preços recuaram após atingir os maiores níveis em quase três meses. Investidores avaliam o impacto de temperaturas mais frias no Hemisfério Norte e das medidas de estímulo econômico da China sobre a demanda por combustível.
Confira abaixo os dados de fechamento do Ibovespa e demais índices:
- Ibovespa: 120.021,52 (+1,26%)
- S&P 500: 5.975,44 (+0,55%)
- Nasdaq: 19.864,98 (+1,24%)
- Dow Jones: 42.706,69 (-0,06%)
- Dólar: R$ 6,11 (-1,13%)
- Euro: R$ 6,34 (-0,28%)