
O presidente Joe Biden e a chanceler alemã, Angela Merkel, concordaram na quinta-feira que irão se opor a qualquer movimento da Rússia em usar o gasoduto Nord Stream 2 como arma contra nações vizinhas, como a Ucrânia.
Nord Stream 2 é um gasoduto de US $ 11 bilhões com cerca de 1.300 quilômetros, que leva gás diretamente da Rússia para a Alemanha, sob o Mar Báltico. Ele está 90% concluído e é o maior gasoduto offshore do Mundo.
A conclusão desse mega projeto há muito é uma fonte de tensão entre Washington e Berlim.
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O presidente renunciou às sanções contra a empresa suíça Nord Stream 2 AG, que está executando o projeto do gasoduto. Nord Stream 2 AG é propriedade da empresa estatal russa de energia Gazprom.
Biden se opôs à conclusão do oleoduto devido às preocupações de que isso permitiria a Moscou obter maior influência política sobre outras nações europeias e mais controle sobre as reservas de energia.
Em particular, os EUA temem que o gasoduto ameace a segurança e a economia da Ucrânia ao privá-la de receitas cruciais do transporte de gás.
Já Merkel apoiou o gasoduto, mas enfatizou na quinta-feira que o Nord Stream não substituiria os gasodutos de trânsito da Ucrânia para gás natural.
Ambos os líderes pediram às suas equipes que examinassem medidas práticas que podem ser tomadas para determinar se a segurança energética da Europa é “fortalecida ou enfraquecida com base nas ações russas”.
Os dois anunciaram também uma parceria climática e energética, que Biden disse que apoiará a segurança energética e o desenvolvimento de energia sustentável em economias emergentes na Europa Central e na Ucrânia.
Declaração de Washington
Biden e Merkel também assinaram um pacto, denominado Declaração de Washington, que reafirma o compromisso dos EUA e da Alemanha com os princípios democráticos e delineia uma visão conjunta para abordar questões globais guiadas por esses valores.
Entre as outras questões abordadas pelos dois líderes estavam a China, questões de segurança no Afeganistão e o combate à Covid-19.
Merkel é a primeira líder europeia a se reunir com Biden na Casa Branca, e sua visita serve como uma despedida final aos EUA, enquanto ela se aproxima do fim de uma carreira política histórica que já dura quase 16 anos. Em setembro gtem eleições na Alemanha e a chanceler já sinalizou que deve deixar o cargo.