O Ibovespa fechou novamente em queda de -0,39%, cotado a 103.513,64 pontos, ainda pressionado pelas preocupações com o risco fiscal, que continua impondo cautela aos investidores nesta terça-feira (4).
Vale lembrar que os servidores federais já reivindicaram reajuste de salários, o que por sua vez influenciou a alta do dólar e dos juros futuros. Este por sua vez continua em disparada e chegou a avançar mais de 30 pontos-base nesta tarde, contra o ajuste anterior na porção intermediária da estrutura a termo da curva.
As preocupações quanto aos impactos da variante Ômicron na economia e no carnaval, com eventos sendo cancelados e problemas em relação a cruzeiros, além da questão da alta dos juros futuros que afetaram papéis ligados a turismo, dentre eles a CVC, que ocupou a lista de maiores quedas da bolsa nesta terça(4).
Entre as ações com as maiores altas, estão: CSN Mineração (CMIN3: +7,09% – R$ 7,55); Itau Unibanco (ITUB4: +2,84% – R$ 22,12); Klabin (KBLN11: +2,55% – R$ 26,17)
Entre as ações com as maiores quedas, estão: Banco Inter (BIDI11: – 13,68% – R$ 24,30); Petz (PETZ3: -8,91% – R$ 14,41) e Itau Banco Pan (BPAN4: -7,82% – R$ 9,43).
Confira os destaques desta terça-feira:
Usiminas (USIM5)
O Banco de Investimentos do Banco do Brasil (BB-BI) fez uma limpa na grande maioria das ações da Carteira Mensal 5+ para janeiro de 2022 e apenas os papéis a Usiminas (USIM5) ficaram mais um mês. Em dezembro, o papel da siderúrgica valorizou 12,71%.
De acordo com o BB-BI, os papéis da Usiminas apresentam tendência de alta. “Embora apresente congestão no curto prazo, o papel vem retomando novos sinais altistas”, destacou o relatório.
As ações da EDP Energia (ENBR3), Neoenergia (NEOE3), Suzano (SUZB3) e Ultrapar (UGPA3) saíram da carteira, enquanto o banco aumentou a variação setorial nas novas recomendações e inseriu Americanas (AMER3), Bradespar (BRAP4), Marfrig (MRFG3) e SLC Agrícola (SLCE3).
A carteira apresentou performance positiva em dezembro de 2021, próxima do índice de referência da bolsa brasileira. O desempenho ficou em alta de 2,31%, ante valorização de 2,85% do Ibovespa. No ano passado, as recomendações do banco acumularam queda de 13% e também ficaram próximos do índice, que caiu 12,2%.
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida anunciou nesta terça-feira que espera concluir a compra da rival Notre Dame Intermédica no início de fevereiro, após a operação ser aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“A próxima etapa contempla o fechamento da operação que deverá ocorrer no início de fevereiro de 2022”, afirmou a Hapvida em fato relevante. Pouco antes da publicação a B3 suspendeu os negócios com ações da empresa.
Eletrobras (ELET6)
O governo Bolsonaro chega ao último ano do mandato sem ter privatizado uma única estatal, apesar da promessa de se desfazer de 17 empresas, feita em 2019. As apostas foram renovadas para 2022, em pleno ano eleitoral, com sete empresas na lista, quatro delas de peso: a Eletrobras, duas companhias do setor portuário – entre elas a que administra o Porto de Santos, o maior da América Latina – e os Correios.
Além das sete, com destinos mais bem definidos, o governo quer concluir a desestatização da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) e da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) neste ano.
A venda da estatal de correspondências ainda é contabilizada no cronograma, apesar de o avanço ser visto com cada vez mais cautela, já que o projeto de lei que abre caminho para o leilão da empresa emperrou no Senado. Na privatização da Eletrobras, como mostrou o Estadão/Broadcast, nem o Congresso confia, tanto é que não colocou a previsão de receitas da operação para o Tesouro Nacional no Orçamento.
Petrobras (PETR4)
A Petrobras afirmou nesta terça-feira que ambiciona viabilizar até 20 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em seus campos operados, até 2030, por meio de seu programa de aumento de fator de recuperação de jazidas, o RES20.
O volume é expressivo, considerando que em quase sete décadas da atuação da companhia a produção foi de 23 bilhões de boe, conforme nota da empresa.
Os investimentos do programa criado com foco na incorporação de novas reservas estão no plano de negócios da Petrobras, que não divulgou valores específicos para o RES20.
“Os ativos de excelente qualidade do pré-sal e a oportunidade de desenvolvimento tecnológico, com a aplicação de sísmica de alta resolução, representam alavancas para atingirmos esse objetivo”, disse o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, em nota.
Com o RES20, a companhia avança para modelos de jazida ainda mais bem definidos e detalhados, focados nos planos diretores dos ativos.
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