O Ibovespa fechou novamente em queda, ainda pressionado pelas preocupações com o risco fiscal, que continua impondo cautela aos investidores nesta terça-feira (4). Vale lembrar que os servidores federais já reivindicaram reajuste de salários, o que por sua vez influenciou a alta do dólar e dos juros futuros. Este por sua vez continua em disparada e chegou a avançar mais de 30 pontos-base nesta tarde, contra o ajuste anterior na porção intermediária da estrutura a termo da curva.
O fechamento de posições vendidas em juros por parte de investidores estrangeiros também fica no radar dos agentes financeiros neste início de 2022.
Além disso, outra questão que movimentou o mercado foi a divulgação da Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre os novos dados do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) que desacelerou em todas as sete capitais pesquisadas no fechamento de dezembro, na comparação com a terceira quadrissemana.
O IPC-S arrefeceu a 0,57% na última leitura do mês, após registrar 0,83% na terceira. Com o resultado, o indicador fechou 2021 com inflação acumulada de 9,34%; menor do que a taxa de 9,62% em 12 meses apurada no período até a terceira quadrissemana de dezembro.
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam mistas, com o índice Dow Jones alcançando nova máxima recorde, impulsionado pelos ativos de bancos e indústrias, conforme preocupações com a variante Ômicron da Covid-19 diminuem. Entretanto, a queda das ações de tecnologia acabaram pressionando o S&P 500 e o Índice Nasdaq para baixo.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de -0,39%, cotado a 103.513,64 pontos.
O dólar comercial fechou em alta de +0,44%, cotado a R$5,6897
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em alta. O S&P 500 fechou em queda de -0,06% (4.793,53), o Nasdaq registrou desvalorização de -1,33% (15.622,72), enquanto o Dow Jones encerrou o dia subindo +0,59% (36.799,45).
Confira os destaques desta terça-feira:
Com gastos de US$44 bi, Covid-19 é 3ª maior catástrofe para seguradoras
Perdas de US$ 44 bilhões a Covid-19 já representam o terceiro maior custo para seguradoras na história, superando catástrofes como as do furacão Katrina e dos ataques de 11 de setembro, disse a corretora de seguros Howden nesta terça-feira.
Mas projeções iniciais de mais de 100 bilhões de dólares em perdas seguradas ligadas à Covid-19 agora parecem “improváveis”, disse Howden em relatório sobre renovações de resseguro.
Essa previsão foi feita por especialistas do setor nos primeiros dias da pandemia, há quase dois anos, quando eventos foram cancelados e empresas forçadas a fechar em todo o mundo. Desde então seguradoras excluíram a Covid de muitas apólices.
Bolsonaro barra venda direta de etanol, mas diz que veto não impede operação
O presidente Jair Bolsonaro vetou a venda direta de etanol das usinas para os postos de combustíveis em lei publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, mas alega que, na prática, a negativa não impede as operações. A permissão é um dos pontos do projeto de lei de conversão da Medida Provisória 1.063/2021, editada em agosto por Bolsonaro para autorizar postos de combustíveis a comprarem etanol hidratado diretamente de produtores ou importadores, sem a necessidade da intermediação de distribuidoras.
O texto que saiu do Congresso, no entanto, acrescentou um trecho ao artigo original da MP que estendeu essa permissão às cooperativas de produção ou comercialização de etanol e às empresas comercializadoras do combustível ou importadores. Com isso, Bolsonaro rejeitou dois pontos do projeto: aquele que permitia ao produtor negociar diretamente com distribuidores, revendedores varejistas de combustíveis, transportadores e mercado externo e um outro que liberava o revendedor a adquirir etanol hidratado desses fornecedores.
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