Os analistas do BTG Pactual esperam bastante volatilidade para a Bolsa de Valores brasileira este ano, que será marcado pelas eleições presidenciais. Em relatório, a equipe destacou alguns temas que têm potencial para mexer com o mercado acionário este ano.
O primeiro deles é o aumento da inflação e das taxas de juros no Brasil. O BTG destaca que as empresas de serviços financeiros, como bancos e seguradoras, estão entre as poucas que ganham com o aumento das taxas, pelo menos no curto prazo.
O segundo temaé o maior consumo dos grupos de alta renda. Com a inflação alta e o aumento das taxas de juros, o consumo no Brasil deverá ser impactado, mas, com a economia totalmente reaberta, os analistas esperam que os grupos de alta renda (menos sensíveis a inflação e taxas de juros mais altas) aumentem seu consumo.
“Ganharíamos exposição a isso por meio da operadora de shopping center Iguatemi e da varejista de vestuário e calçados Arezzo”, disseram.
Outro tema citado pelo BTG são os preços elevados do petróleo em todo o mundo. “Ganharíamos exposição ao tema por meio de exploradoras e produtoras de petróleo menores, PetroRio e 3R, e da produtora integrada de energia e distribuidora de combustíveis Raízen”, diz o relatório.
Por fim, o último tema é o real mais fraco. “Com o real enfraquecendo continuamente e alguns sinais de suporte para os preços das commodities, teríamos alguma exposição a players globais de materiais básicos. Gostamos da produtora de aço Gerdau, da fabricante de alumínio CBA e da produtora de papel e celulose Suzano”, pontuam os analistas do BTG.