As exportações da China avançaram 6,7% em novembro em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10). O resultado, embora positivo, representa uma desaceleração em comparação ao crescimento de 12,7% registrado em outubro. Além disso, ficou abaixo das previsões do mercado, que estimavam um aumento de 8,4%.
Por outro lado, as importações chinesas recuaram 3,9% no confronto anual, aprofundando a queda de 2,3% observada em outubro. O desempenho também frustrou as expectativas dos analistas, que esperavam uma leve alta de 0,8%.
Superávit comercial surpreende e supera previsões
Apesar do desempenho abaixo do esperado em exportações e importações, a balança comercial chinesa registrou um superávit de US$ 97,44 bilhões em novembro. O saldo positivo foi maior que o de US$ 95,27 bilhões registrado em outubro e superou a projeção de US$ 92,8 bilhões feita por analistas.
Preocupações com o crescimento global em 2025
O desempenho mais fraco de uma das maiores economias do mundo levanta um alerta para o cenário global. Segundo Marco Prado, apresentador do Pre-Market, a situação da China pode ser um indicativo de dificuldades no crescimento das demais economias mundiais em 2025.
“A China é um termômetro fundamental para o comércio internacional. Quando vemos sinais de fragilidade em um gigante como esse, precisamos questionar: até que ponto as demais economias estarão preparadas para enfrentar um cenário mais desafiador no próximo ano?”, afirmou Prado.
Desafios e tendências para a economia chinesa
A desaceleração das exportações sugere um enfraquecimento na demanda global por produtos chineses, enquanto a queda nas importações pode indicar uma redução no consumo doméstico ou nas compras de insumos. Esse desempenho reforça os desafios econômicos enfrentados pelo país, especialmente em um cenário de incertezas globais e pressão nos mercados externos.
