Em dezembro de 2024, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) introduziu mudanças importantes nas regras de concessão de aposentadoria por incapacidade permanente. Esse ajuste permite que os segurados com doenças incapacitantes possam solicitar a aposentadoria de forma imediata, sem passar por processos prolongados e burocráticos. Este avanço tem como objetivo proporcionar maior segurança financeira para trabalhadores em situações de vulnerabilidade devido a condições de saúde graves e permanentes.
A atualização abrange um total de 15 doenças incapacitantes, que foram selecionadas com base em rigorosos estudos médicos e sociais. A intenção é garantir que as pessoas afetadas por essas condições tenham acesso ao benefício de aposentadoria com maior rapidez e eficiência, simplificando o sistema e assegurando o apoio necessário a quem mais precisa.
Quais são as Doenças Incapacitantes Incluídas?
A lista revisada de doenças incapacitantes pelo INSS inclui condições que geram incapacidades severas e permanentes. A seguir, estão listadas essas doenças:
- Tuberculose ativa: Infecção bacteriana que afeta os pulmões, podendo causar danos irreversíveis.
- Nefropatias graves: Insuficiência renal avançada, frequentemente exigindo diálise ou transplante.
- Hanseníase: Afeta nervos periféricos, pele e mucosas, potencialmente causando deformidades.
- Alienação mental: Inclui condições como depressão severa, esquizofrenia e demência.
- Esclerose múltipla: Doença autoimune que afeta o sistema nervoso central.
- Hepatopatia grave: Inclui cirrose e outras doenças hepáticas avançadas.
- Neoplasia maligna: Envolve tumores malignos que comprometem a saúde.
- Cegueira: Perda total da visão irreversível.
- Paralisia irreversível: Causa perda permanente da mobilidade.
- Cardiopatia grave: Doenças cardíacas avançadas comprometendo o coração.
- Doença de Parkinson: Transtorno neurodegenerativo que afeta o controle motor.
- Espondiloartrose anquilosante: Leva à fusão de vértebras.
- Doença de Paget em estágio avançado: Provoca deformidades ósseas.
- AIDS: Enfraquece o sistema imunológico expondo a infecções.
- Contaminação por radiação: Exposição que causa danos à saúde.
Além dessas, condições como acidente vascular encefálico (AVC) e abdome agudo cirúrgico também podem justificar a aposentadoria, sujeitas à avaliação pericial.
Como Solicitar a Aposentadoria por Incapacidade Permanente?

Para realizar o pedido de aposentadoria imediata por incapacidade permanente, o segurado deve seguir alguns passos importantes. Primeiro, deve estar regular com as contribuições ao INSS, exceto nos casos de doenças graves reconhecidas que dispensam essa exigência. Em seguida, é necessário apresentar exames médicos recentes e laudos detalhados de médicos especialistas que comprovem a incapacidade permanente.
A perícia médica do INSS é uma etapa crucial, confirmando oficialmente a condição de incapacidade. A solicitação pode ser feita através do portal “Meu INSS” ou do aplicativo, onde o segurado preenche um formulário, envia a documentação exigida e acompanha o progresso do pedido.
Qual a Diferença entre Aposentadoria por Incapacidade Permanente e Auxílio-Doença?
Compreender a distinção entre aposentadoria por incapacidade permanente e o auxílio-doença é essencial. O auxílio-doença é destinado a casos de incapacidade temporária, onde há expectativa de recuperação. Em contraste, a aposentadoria por incapacidade permanente é para condições irreversíveis, que eliminam a possibilidade de retorno ao trabalho.
Ambos os benefícios requerem a realização de perícia médica, mas as condições e a documentação exigidas podem variar, dependendo da situação de cada segurado.
Impactos das Mudanças na Vida dos Segurados
A recente atualização nas regras de aposentadoria por incapacidade permanente no Brasil tem impactos significativos para os segurados e o sistema previdenciário. Ao simplificar o procedimento e possibilitar a concessão imediata do benefício, o INSS promove maior eficiência, reduzindo o tempo de espera e oferecendo uma rede de segurança mais rápida para aqueles que lidam com condições de saúde críticas.
Essa medida pode ajudar a reduzir o número de recursos judiciais, já que as condições incapacitantes estão claramente definidas, tornando o processo mais transparente e acessível. Muitos segurados expressam gratidão pela agilidade da nova regra, enfatizando o alívio financeiro em momentos desafiadores.