A riqueza dos bilionários cresceu significativamente nos últimos 10 anos, ultrapassando o desempenho do mercado de ações, conforme aponta um relatório do UBS divulgado nesta quinta-feira (5). Enquanto o índice MSCI AC World, que acompanha mais de 3.000 ações de mercados desenvolvidos e emergentes, avançou 73% entre 2015 e 2024, a fortuna acumulada dos bilionários disparou 121%, saltando de US$ 6,3 trilhões para impressionantes US$ 14,0 trilhões.
O Brasil consolidou sua posição como o segundo país com mais bilionários nas Américas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Entre 2023 e 2024, o número de brasileiros bilionários subiu de 45 para 60. Contudo, no que diz respeito ao valor total de suas fortunas (US$ 154,9 bilhões), o país ainda está atrás de Canadá (US$ 213,3 bilhões) e México (US$ 199,7 bilhões).
Tecnologia impulsiona riqueza global
O setor de tecnologia lidera o crescimento da riqueza entre os bilionários. Desde 2015, as fortunas desse segmento triplicaram, alcançando US$ 2,4 trilhões em 2024. Apesar do avanço esperado, o relatório destacou o progresso significativo também entre os bilionários industriais, que aumentaram suas fortunas de US$ 480 bilhões para US$ 1,3 trilhão no mesmo período.
Os bilionários da China enfrentam desafios desde 2020. Depois de um período de crescimento acelerado (mais de 20% ao ano entre 2015 e 2020), suas fortunas passaram a encolher a uma taxa de 5% ao ano. O ambiente regulatório mais rigoroso e a campanha pela “prosperidade comum” contribuíram para essa retração.
Nos Estados Unidos, no entanto, o cenário é oposto. A riqueza dos bilionários norte-americanos cresceu 58,5% desde 2020, atingindo US$ 6,1 trilhões em 2024. Esse avanço foi liderado por empreendedores nos setores de tecnologia e indústria.
