O Ibovespa iniciou esta segunda-feira (2) em queda, refletindo a combinação de fatores econômicos e políticos que têm mantido os investidores em alerta. Entre os destaques, estão as incertezas sobre o cenário político na Europa, a aguardada fala de Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência do Banco Central em 2024, e as expectativas quanto aos próximos dados econômicos dos Estados Unidos, decisivos para a trajetória dos juros americanos.
Às 10h, o Ibovespa opera em queda de 0,22%, cotado aos 125.390,25 pontos.
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, é um dos nomes mais observados no mercado financeiro. Ele participa hoje, às 10h, do Fórum Político da XP Investimentos, em São Paulo. Galípolo, que assumirá o comando do Banco Central no próximo ano, terá a missão de equilibrar o desafio de manter a inflação sob controle, enquanto lida com um cenário fiscal desafiador.
A transição de cargos no BC também trouxe novidades: Nilton David, chefe de operações de tesouraria do Bradesco, foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a diretoria de Política Monetária em janeiro, substituindo Galípolo.
Projeções para a Selic disparam: o que dizem os dados do Relatório Focus
As expectativas do mercado para a taxa básica de juros subiram novamente, conforme apontado no Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (2). A mediana das projeções para a Selic no fim de 2025 agora é de 12,63%, um aumento em relação aos 12,25% previstos na semana anterior.
Esse ajuste reflete um cenário de maior pressão inflacionária, com o IPCA e o dólar também projetados para subir no próximo ano. A dinâmica reforça a percepção de um ambiente econômico mais desafiador, com impactos diretos na política monetária do Banco Central.
Além do foco no cenário interno, investidores aguardam novos dados econômicos dos Estados Unidos. Esses indicadores podem ditar o ritmo da política monetária do Federal Reserve, influenciando diretamente o mercado brasileiro. As incertezas políticas na Europa também adicionam volatilidade ao ambiente, exigindo maior cautela dos agentes financeiros.