A Boeing reportou um prejuízo líquido de US$ 6,17 bilhões no terceiro trimestre de 2024, uma alta expressiva de 276% em relação ao prejuízo de US$ 1,64 bilhão no mesmo período do ano passado, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira, 23 de outubro.
O resultado ajustado por ação também ficou aquém das expectativas do mercado, marcando uma perda de US$ 10,44 por ação, superando tanto a previsão da própria empresa (US$ 9,97) quanto a média dos analistas consultados pela FactSet (US$ 10,35).
Apesar das dificuldades financeiras, a receita da Boeing recuou apenas 1% na comparação anual, totalizando US$ 17,84 bilhões, superando levemente o consenso de mercado, que era de US$ 17,82 bilhões.
O fluxo de caixa livre (FCL) da fabricante também registrou uma posição negativa de US$ 2,0 bilhões no fim de setembro, mas, ainda assim, melhor do que a expectativa do mercado, que projetava um déficit de US$ 2,41 bilhões. A Boeing encerrou o período com uma robusta carteira de pedidos (backlog) de US$ 511 bilhões, sinalizando a força da demanda futura por seus produtos, mesmo em meio a um cenário desafiador.
Com esses resultados, a Boeing segue enfrentando obstáculos significativos, como atrasos na produção e pressões de custo, que afetam sua performance financeira e colocam em evidência os desafios para recuperar a confiança dos investidores e estabilizar seu fluxo de caixa no médio prazo.