A segurança cibernética tem ganhado destaque globalmente, com a América Latina se empenhando em fortalecer suas estratégias nessa área. De acordo com o Índice Global de Segurança Cibernética 2024 (GCI), elaborado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), a região está progredindo na formulação de políticas e regulamentações destinadas à proteção de dados e infraestrutura crítica. Entretanto, a implementação dessas regulamentações ainda enfrenta desafios, especialmente relacionados à tecnologia necessária.
Enquanto isso, regiões como Ásia e Europa lideram na adoção de tecnologias e estratégias de segurança cibernética, atuando como referências para o resto do mundo. A crescente integração da tecnologia nos negócios e na vida cotidiana torna os dados um recurso crucial, aumentando a preocupação de empresas e governos sobre potenciais ameaças, como ransomware e perda de dados, que podem afetar a privacidade e a integridade de sistemas e serviços.
Como a Inteligência Artificial Impacta a Segurança Cibernética?
A Inteligência Artificial (IA) desempenha um papel significativo na cibersegurança contemporânea. No entanto, sua utilização não se limita às defesas cibernéticas; os cibercriminosos também têm aproveitado a inteligência artificial para intensificar ataques mais sofisticados. Esses criminosos organizam-se em estruturas similares a empresas, oferecendo serviços como ransomware-as-a-service (RaaS) e access-as-a-service (AaaS), que incrementam as ameaças enfrentadas por empresas e governos.
Termos como RaaS referem-se a um modelo em que desenvolvedores de ransomware comercializam seus produtos para outros hackers. Já o AaaS permite que cibercriminosos forneçam acesso a sistemas comprometidos, ampliando o alcance dos ataques. Estes serviços têm se destacado como desafios críticos para a segurança cibernética, exigindo novas estratégias de defesa.
Quais Soluções Estão em Desenvolvimento?

Com o avanço das ameaças, surgem soluções tecnológicas inovadoras para mitigar riscos. Um exemplo é a solução SASE (Secure Access Service Edge), que combina redes e segurança em uma arquitetura unificada, entregue na nuvem. Essa abordagem, projetada para atender às necessidades de conectividade e segurança modernas, é eficaz especialmente em ambientes de trabalho remoto.
Empresas como a Huawei têm desenvolvido soluções robustas com o SASE inteligente Xinghe, voltado para integrar segurança e rede de forma abrangente. Esta tecnologia incorpora recursos avançados de gestão de ameaças, prevenção de ransomware e análise comportamental baseada em Inteligência Artificial, todas essenciais para proteger grandes redes corporativas.
Desafios e Necessidades de Adaptação
Para enfrentar as complexas ameaças cibernéticas, as empresas precisam adotar uma postura proativa em segurança. O relatório da UIT enfatiza a importância de uma abordagem integral que considere a evolução constante das ameaças e as novas tecnologias emergentes. A segurança cibernética passa a ser parte intrínseca do desenvolvimento econômico e da confiança do consumidor em um mundo cada vez mais digital.
A implementação de estratégias de segurança robustas, que envolvam a colaboração de todos os stakeholders, é fundamental. Enquanto a tecnologia avança e novas ameaças surgem, as empresas e governos devem estar preparados para se adaptar e atualizar suas defesas continuamente, garantindo assim a segurança e a proteção dos dados sensíveis.