
A PF (Polícia Federal) deflagrou na última segunda-feira (5) uma operação contra Claudio José de Oliveira, conhecido como “Rei do bitcoin“, que teve a prisão preventiva decretada. A Justiça ainda determinou o sequestro de diversos bens de Oliveira, como imóveis e uma chácara, que somam ao menos R$ 5,3 milhões.
Oliveira é investigado por suposta prática de crimes falimentares, estelionato, lavagem de capitais, organização criminosa, além de delitos contra a economia popular e o sistema financeiro nacional por meio de sua empresa, o GBB (Grupo Bitcoin Banco).
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Segundo relatório do Ministério Público, o ‘Rei do Bitcoin’ era muito violento e intimidava vítimas de suas fraudes. O estudo preliminar do perfil de Cláudio foi divulgado pela Rede Globo.
O caso do ‘Rei do Bitcoin’, como era conhecido, chocou suas vítimas há dois anos, quando começaram os problemas com saques nas corretoras de criptomoedas do Grupo Bitcoin Banco, com sede em Curitiba (PR).
A PF estima que Cláudio Oliveira esteja no ramo de fraudes financeiras desde a década de 90. Em sua possível carreira criminosa, ele chegou a ter 5 CPFs cadastrados e mais de 20 e-mails.
Violento e intimidador
Durante a condução do que pode ser um dos maiores golpes com criptomoedas no Brasil, Cláudio Oliveira acabou sendo preso pela polícia federal na última segunda-feira (5), durante a Operação Daemon.
Em nota, a PF declarou que o Grupo Bitcoin Banco pode ter causado um prejuízo de R$ 1,5 bilhão em mais de 7 mil pessoas em todo Brasil.
Assim, segundo um estudo que a Polícia Federal fez sobre o chamado Rei do Bitcoin, ele tinha um comportamento violento e intimidador. Esse comportamento era visto quando Cláudio se via ameaçado, seja em encontros com suas vítimas ou advogados que o procuravam.
Sem nunca andar desarmado, a PF encontrou na última segunda um arsenal em sua residência. Sendo 1 pistola, uma espingarda, 7 revólveres e muita munição.
Além disso, em posse da quadrilha, foram encontrados carros de luxo, jóias e outros objetos de valor.
5 CPFs criados, mandado de prisão na Suíça e origem humilde
De acordo com a Globo, o Rei do Bitcoin ainda tinha 5 CPFs criados, possivelmente de forma fraudulenta. Para obter as inscrições no Cadastro de Pessoa Física da Receita Federal ele utilizou a estrutura dos estados do Maranhão, Goiás, Pará, Tocantins e Mato Grosso, informou o relatório.
Na Suíça, Cláudio Oliveira é procurado por quatro crimes, sendo estelionato, abuso de confiança, má gestão e falsificação de documentos. Sempre migrando de países após aplicar seus golpes, o alegado do ‘Rei do Bitcoin’ no Brasil teria começado sua carreira ainda na década de 90, aponta o estudo da PF.
Vale o destaque que, de Rei mesmo Cláudio não tinha nada, com os investigadores apontando que ele era de origem humilde. Ao se apresentar para investidores de Bitcoin com o Grupo Bitcoin Banco, ele teria afirmado até que tinha Doutorado em Gestão Financeira.
Para se comunicar em outros idiomas, por exemplo, sua esposa, que também foi presa, era quem o ajudava. A PF concluiu que ele tinha uma boa capacidade de argumentar e convencer vítimas para seus esquemas.
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