O volume de serviços no Brasil registrou uma queda de 0,4% em agosto, surpreendendo negativamente o mercado, que esperava um resultado mais próximo da estabilidade.
Segundo os dados divulgados pelo IBGE, a queda ocorre após uma alta de 1,6% registrada no período de junho a julho de 2024. Mesmo com essa variação negativa, o setor de serviços ainda se mantém 15,0% acima do nível de fevereiro de 2020, período pré-pandemia.
Em relação a julho de 2024, considerado o ponto mais alto da série histórica, o volume de serviços está 0,4% abaixo.
No entanto, no acumulado de 2024, o setor apresenta uma alta de 2,7% em comparação com o mesmo período de 2023, e uma expansão de 1,9% no acumulado dos últimos 12 meses.
A queda no mês de agosto reforça os desafios que o setor enfrenta, apesar do desempenho positivo no ano, refletindo uma desaceleração em algumas áreas, mas ainda mantendo níveis robustos de recuperação pós-pandemia.
Maykon Douglas, economista, destacou que, apesar do resultado negativo na margem, é importante lembrar que o setor de serviços vem de uma base estatística muito alta, alcançando sua máxima histórica em julho. Segundo ele, esse fator explica parte da queda registrada em agosto, além de apontar que os serviços prestados às famílias, um componente crucial para o acompanhamento do consumo no PIB, tiveram uma performance positiva no mês.
Douglas também ressaltou que, com a renda ainda aquecida e o mercado de trabalho demonstrando resiliência, o setor de serviços deve se manter em patamares elevados no curto prazo. Isso sugere que, embora haja oscilações mensais, o cenário geral permanece favorável para o setor, especialmente no contexto de consumo das famílias.
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