Nas últimas semanas, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) pós-fixados e prefixados apresentaram comportamentos divergentes. Enquanto os papéis mais curtos atrelados ao CDI reduziram sua remuneração, as taxas dos prefixados elevaram-se, alcançando até 11,65% ao ano em um período de 12 meses. Isso reflete as expectativas de juros futuros mais altos.
Vinicius Romano, especialista em renda fixa na Suno Research, explica que a atitude dos bancos de ajustar a porcentagem atrelada ao CDI visa evitar prejuízos em contextos de juros elevados. Dessa forma, papéis com vencimento curto, como os de seis meses, ofertaram até 110% do CDI recentemente. Espera-se que o ciclo de alta da taxa Selic termine no primeiro trimestre do próximo ano.

Por que os CDBs Pós-fixados Estão Remunerando Menos?
A redução das taxas dos CDBs pós-fixados deve-se, principalmente, às adaptações dos bancos às perspectivas econômicas. Entre os dias 5 e 19 de setembro, a taxa média dos pós-fixados com vencimento em seis meses passou de 100,74% para 99,63% do CDI, conforme dados da Quantum Finance.
Impacto nas Taxas de Longo Prazo
Para os vencimentos mais longos, de pelo menos 12 meses, a remuneração dos pós-fixados foi superior, já que esses papéis extrapolam o horizonte esperado de alta da Selic. Um exemplo disso é a elevação da taxa média para vencimentos de três anos, passando de 100,50% para 100,60% do CDI.
Prefixados em Alta: O Que Significa para os Investidores?
Os títulos prefixados têm seguido a tendência de elevação das expectativas de juros. A taxa média para títulos com vencimento em seis meses, por exemplo, subiu consideravelmente de 10,62% para 12% ao ano. Nos títulos com vencimento em 12 meses, a variação foi de 11,22% para 11,33%.
Variação das Taxas de Longo Prazo
No longo prazo, os títulos de três anos mostraram uma leve queda na taxa média, sendo 12,15% ao ano na última quinzena, comparados a 12,54% anteriormente. Esse comportamento reflete um ajuste fino conforme as expectativas de mercado.
Os CDBs Atrelados ao IPCA: Alternativa Viável?
Os CDBs vinculados ao IPCA, que combinam remuneração fixa e variável, também viram um leve aumento nas taxas. A remuneração real para papéis com prazo de dois anos subiu de 6,19% para 6,23% ao ano. Para vencimentos de pelo menos 36 meses, conforme as preferências de Vinicius Romano, a taxa média ajustou-se de 6,01% para 6,05% ao ano.
- Prazo de 24 meses: Taxa mínima de 6,00%, taxa média de 6,23%, taxa máxima de 6,47%.
- Prazo de 36 meses: Taxa mínima de 5,86%, taxa média de 6,05%, taxa máxima de 6,30%.
Considerações Finais
O cenário atual evidencia a necessidade dos investidores de acompanhar de perto as expectativas de juros e as movimentações políticas e econômicas. A escolha entre CDBs pós-fixados, prefixados ou atrelados ao IPCA deve ser feita com cuidado, levando em conta o perfil de risco e o horizonte de investimento de cada investidor. A diversificação continua sendo uma estratégia essencial para mitigar riscos e potencializar retornos.
Para aqueles que desejam viver de dividendos e garantir uma renda mensal, cursos e treinamentos específicos podem ser um bom ponto de partida, ajudando a construir uma carteira de investimentos sólida e bem equilibrada.
Manter-se informado e atualizar a estratégia conforme as condições do mercado é crucial para qualquer investidor que busca maximizar retornos em ambientes voláteis e incertos.