
A GTI, gestora independente de administração de recursos, divulgou nesta segunda-feira (5), em carta mensal enviada aos cotistas, a rentabilidade do fundo de ações no primeiro semestre do ano.
De acordo com o sócio e gestor André Gordon, o fundo GTI Dimona Brasil FIA apresentou uma valorização de 25,2%, enquanto o Ibovespa subiu 6,54% no mesmo período.
“Fechamos o primeiro semestre com alta de 25,2%, 18,6% acima do índice IBOVESPA, que subiu 6,54%. O dólar se valorizou 2,8% frente a cesta de moedas, mas perdeu 3,5% frente ao Real, que encerrou o mês a 4,97, após ter atingido 4,91 ao longo do mês”, afirmou.
Além disso, o documenta sinaliza que a gestora voltou a aumentar sua exposição aos setores relacionados às commodities, reflexo da expectativa de recorde na geração de caixa das empresas do segmento nos próximos trimestres.
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A administradora de recursos mencionou ainda a evolução da vacinação no país e a expectativa de retomada contínua da atividade econômica com um aumento na geração de emprego, como um cenário positivo para o segundo semestre.
Em outro ponto, a gestora também a gestora divulga aumento de posições em setores que se beneficiarão com o fim das restrições de mobilidade, como shopping centers.
Para o especialista em investimentos da SaraInvest, David Martins, este movimento da GTI sinaliza ‘bons ventos’ para o cenário econômico no próximo semestre.
“Vejo a gestora otimista para o segundo semestre com a reabertura econômica no país atrelada aos avanços na vacinação”, avalia.
Por outro lado, se a retomada da economia dá ânimo, o projeto da Reforma Tributária, entregue ao Congresso Nacional, acende um alerta. De acordo com a administradora, o documento foi visto com preocupação, sob o risco de implicar em um grande aumento de carga tributária para a maioria das empresas.
“Hoje, aquelas aderentes ao lucro real, pagam 15% + 10% de IR, além de 9% de CSLL, totalizando 34% sobre o lucro. Está alíquota cairia, em 2 anos, para 10% + 10% de IR, além dos 9% de CSLL, num total de 29%. Ocorre que o lucro líquido é a remuneração do empreendedor. Uma vez que não haja aquisição ou investimentos relevantes a serem feitos, estes recursos são distribuídos para os acionistas sob a forma de dividendos, hoje isentos, seguindo o princípio de se evitar a bitributação.”, enfatizou Gordon.