
Em Brasília, a CPI da Covid agora divide a cena com os áudios que indicam a participação do então deputado Jair Bolsonaro em um esquema de “rachadinhas”. Já em Nova York, as bolsas voltam a funcionar hoje, injetando liquidez no mundo. A alta do petróleo é destaque no mercado, em meio ao impasse entre os países exportadores.
Mais uma sessão de cautela deve marcar a bolsa brasileira. O contrato do Ibovespa futuro com vencimento em agosto registrava baixa de 0,31%, a 127.295 pontos, às 9h15 (horário de Brasília) desta terça-feira (6), que marca a volta da bolsa americana após o feriado do Dia da Independência na véspera.
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Na sessão desta terça, a abertura das bolsas da Europa é negativa e os futuros de Nova York ficam praticamente estáveis. O dia começou com alta para os principais contratos de petróleo tanto em Londres quanto em Nova York, com a falta de acordo entre os membros da OPEP+, o que também gera preocupação sobre o impacto da inflação tanto no Brasil quanto globalmente. O brent chegou a superar os US$ 77 o barril em meio à falta de acordo.
O noticiário político também segue no radar, com a continuidade dos depoimentos na CPI da Covid. Na véspera, o dólar subiu para perto dos R$ 5,09 e o Ibovespa caiu também com os novos acontecimentos em Brasília.
Já nesta data, o dólar à vista tem leve alta de 0,10%, a R$ 5,096 na compra e R$ 5,097 na venda, enquanto o contrato do dólar futuro com vencimento para agosto abriu em queda, mas passou a ter alta de 0,16%, a R$ 5,114.
Em meio às preocupações com a inflação, os juros futuros passaram a ter alta após abrirem relativamente estáveis: o DI para janeiro de 2022 avança 1 ponto-base, a 5,75%, DI para janeiro de 2023 sobe 5 pontos-base, a 7,21%, DI para janeiro de 2025 avança 6 pontos, a 8,30% e DI para janeiro de 2027 avança 4 pontos, a 8,72%.
Na véspera, as taxas futuras de juros encerraram em alta, com o movimento puxado pela piora no cenário político, além de maiores preocupações com a inflação após reajuste anunciado nos combustíveis pela Petrobras.
No radar político, a avaliação negativa do governo Bolsonaro subiu para 48,2%, segundo pesquisa CNT/MDA que mostrou ainda vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Bolsonaro em simulações de primeiro e segundo turnos da eleição presidencial de 2022.
Enquanto isso, os investidores analisaram ainda reportagem do site UOL segundo a qual Bolsonaro estaria envolvido em um esquema para se apropriar de parte dos salários de seus assessores, a chamada rachadinha, quando era deputado federal.
Em meio à temperatura alta na política, na véspera, Bolsonaro editou decreto que prorroga por mais três meses o auxílio emergencial destinado à população de baixa renda, informou na segunda-feira a assessoria de comunicação da Secretaria-Geral da Presidência da República.
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