O setor de varejo foi fortemente penalizado pelo cenário macroeconômico: inflação, juros altos, desemprego, somados às restrições causadas pela pandemia, que adicionam uma boa dose de insegurança à intenção de compra. Apesar da Black Friday ter sido considerada positiva pelo mercado, o consumo com as festas de fim de ano não deve impulsionar o setor varejista.
Para Ricardo Trevisan, sócio e estrategista da Capitólio Investimentos “é muito difícil olhar para o varejo agora e ver um movimento de crescimento muito forte com esse aumento de taxa de juros”.
O especialista citou o exemplo das Lojas Renner, que pretende fazer uma financeira, e acrescentou que é necessário olhar como as empresas pretendem impulsionar as vendas para avaliar se vale a pena comprar o papel.
Trevisan explicou que os investidores tem o apetite em ter essas ações em seu portfólio em razão do maior crescimento do valuation da empresa em longo prazo. “Nesse momento de alta de taxa de juros, eu tenho outras empresas que estão favorecendo mais, como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú entre outras. São empresas que pagam bons dividendos e tem uma segurança melhor”
Na avaliação, o estrategista disse ainda que o varejo deve mostrar que está fazendo boas vendas, que tem profundidade na linha de produtos, serviços e clientes, pois com números bons conseguirá crescer novamente. “Se você vê uma alta taxa de juros aqui no Brasil, a gente entende que se está freando o consumo e, com isso, freia diretamente o varejo”.
Confira a análise na íntegra:
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