A semana foi agitada tanto no cenário local, quanto no internacional, e Marco Prado, trader e apresentador da BM&C News, destacou os principais acontecimentos que marcaram o mercado financeiro.
Entre os pontos de maior relevância, está a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, um movimento já aguardado pelo mercado. “Agora, a atenção se volta para quem irá ocupar as diretorias do BC”, observou Prado, ressaltando que uma eventual alta nos juros poderia fortalecer a credibilidade da instituição perante investidores.
Outro fator que influenciou o mercado foi a performance da Bolsa Brasileira, que continua próxima do seu topo histórico, impulsionada pela valorização expressiva da Petrobrás, que registrou um aumento de mais de 7% em um único dia. “Os investidores estrangeiros ainda estão comprados na bolsa, o que reflete um certo otimismo com o mercado brasileiro”, comentou o apresentador.
No cenário cambial, o real seguiu a trajetória do peso mexicano, pressionado por temores em relação à proposta judicial do presidente Andrés Manuel López Obrador. “O piso do dólar está se afastando do R$ 5,35 projetado pelo Boletim Focus”, destacou Prado, indicando uma cautela crescente entre os investidores.
Adicionalmente, o governo federal apresentou o Orçamento de 2025, propondo um aumento significativo no gasto com o programa Gás para Todos, que deve quadruplicar até 2026. O trader criticou essa abordagem, apontando que “os mesmos velhos erros persistem”, referindo-se à política de gastos elevados sem um planejamento fiscal sustentável.
Para Prado, enquanto não houver clareza sobre o crescimento econômico, o desempenho das empresas e um ambiente global favorável, o mercado permanecerá em estado de incerteza. “De tão pessimista, chego a ser otimista”, concluiu, em tom irônico.
