Confira alguns mitos comuns sobre o autismo e proteja-se da disseminação de informações incorretas. Descubra por que vacinas não causam autismo, desmistifique a ideia de que todas as crianças autistas são agressivas e entenda por que o TEA não tem cura. Esclareça essas e outras concepções errôneas para promover uma compreensão mais precisa e inclusiva do transtorno.

Imagem: Internet.
Vacinas Podem Causar Autismo- Mito
A ideia de que vacinas causam autismo é amplamente desacreditada. Não há evidências científicas que estabeleçam uma conexão entre vacinas e o transtorno do espectro autista (TEA). Estudos extensivos e rigorosos, realizados por instituições respeitáveis e publicações científicas, desmentiram essa falsa relação. As vacinas, incluindo aquelas contra COVID-19, são seguras e essenciais para a proteção da saúde infantil, e a alegação de que causam autismo é uma desinformação perigosa e infundada.
Toda Criança Autista é Agressiva- Mito
A ideia de que todas as crianças autistas são agressivas é uma generalização incorreta. A agressividade não é uma característica universal do TEA e varia de acordo com o indivíduo. Embora algumas crianças autistas possam exibir comportamentos agressivos, isso geralmente ocorre em resposta a situações de desconforto, estresse ou alterações inesperadas na rotina. É importante entender que comportamentos agressivos podem ser uma forma de comunicação ou uma reação a fatores externos e não uma característica intrínseca ao autismo.
Existe Cura para o Autismo- Mito
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio de neurodesenvolvimento, não uma doença que possa ser curada. O autismo é uma condição persistente ao longo da vida, mas existem abordagens terapêuticas que podem ajudar a manejar e melhorar certos aspectos do TEA. A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma dessas abordagens, projetada para ajudar a melhorar comportamentos repetitivos e a regulação emocional. Embora não haja cura, intervenções e suportes podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida das pessoas com TEA.
Crianças Autistas Não Têm Habilidades Sociais-Mito
Muitas crianças autistas possuem habilidades sociais, mas podem expressá-las de maneiras diferentes das convencionais. A diversidade nas habilidades sociais entre indivíduos com TEA é ampla, e não deve ser generalizada. Crianças autistas podem desenvolver habilidades sociais significativas, embora talvez precisem de suporte adicional para se relacionar com os outros de forma eficaz. A ideia de que crianças autistas não têm habilidades sociais ignora as várias formas de comunicação e interação que podem ser evidentes em diferentes contextos.
Autismo é Causado por Falta de Atenção dos Pais
Mito! O transtorno do espectro autista (TEA) não é causado por práticas parentais ou por uma suposta falta de atenção dos pais. O TEA é um distúrbio de neurodesenvolvimento com fundamentos genéticos e ambientais, e não resulta de estilos parentais inadequados. É essencial entender que o autismo é uma condição complexa e que as práticas de criação não têm influência causal sobre seu desenvolvimento. Promover uma compreensão precisa do TEA pode ajudar a combater estigmas e promover uma maior inclusão.
Conclusão
A desinformação sobre o autismo (TEA) pode criar barreiras significativas para a inclusão e compreensão desse transtorno. Segundo Ana Beatriz Barbosa Silva, renomada psicóloga brasileira, o autismo é um transtorno de neurodesenvolvimento que não pode ser associado a mitos como a influência das vacinas ou a falta de habilidades sociais. Silva destaca que “o TEA é uma condição complexa e diversificada, e as percepções errôneas podem prejudicar a aceitação e o suporte adequado às pessoas autistas”.
Rodrigo Vinícius Gardinal, também psicólogo, reforça que “não existe uma cura para o autismo, pois ele não é uma doença, mas sim uma variação natural do desenvolvimento humano”. Ele explica que o tratamento visa ajudar na adaptação e melhoria da qualidade de vida, utilizando intervenções baseadas em evidências, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA).
Desmistificar essas crenças é crucial para promover uma sociedade mais inclusiva e empática, reconhecendo a verdadeira natureza do TEA e oferecendo o suporte adequado para aqueles que o vivenciam.