Após a divulgação do balanço do primeiro semestre do ano, e o cancelamento das projeções de desempenho futuro da companhia, as ações da Americanas (AMER3) despencaram nesta quinta-feira (15) após a abertura do pregão.
O papel chegou a cair até 69,70%, atingindo o valor de R$ 0,10 por ação, antes de estabilizarem em uma queda de 66,67%, a R$ 0,11, por volta das 11h25 (horário de Brasília).
A rede de varejo, que protagonizou um dos maiores pedidos de recuperação judicial na história do Brasil, reportou um prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão nos primeiros seis meses deste ano.
Embora esse valor represente uma redução em relação ao prejuízo de R$ 3,2 bilhões registrado no mesmo período de 2023, o mercado reagiu de forma extremamente negativa.
Em um fato relevante divulgado na noite de quarta-feira, a Americanas anunciou o cancelamento das previsões de desempenho que haviam sido publicadas no final do ano passado. A empresa justificou a decisão pela necessidade de “reavaliar a expectativa de desempenho futuro em razão da divulgação dos resultados”. Essas projeções, divulgadas em novembro de 2023, estimavam um lucro operacional medido pelo Ebitda superior a R$ 2,2 bilhões em 2025, com uma dívida bruta entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão e alavancagem abaixo de 0,75 vez.
Apesar do Ebitda positivo de R$ 1,3 bilhão no primeiro semestre de 2024, que reverteu um resultado negativo de R$ 1,185 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior, a Americanas viu suas vendas brutas (GMV) caírem 9% em comparação ao primeiro semestre de 2023, totalizando R$ 10,1 bilhões.