O Ibovespa espelhou a performance da semana passada, finalizando a sexta-feira com um humor, mas o acumulado dos últimos pregões indicou outro. A bolsa brasileira finalizou está sexta-feira (19) em alta, porém a semana fechou em baixa de 3,10%. A possibilidade de definição com a PEC dos Precatórios ajudou a levantar o índice hoje, além das ações do setor de siderurgia, que subiram.
A proposta de fatiamento dos Precatórios foi bem recebida pelo mercado, pois possibilita a aprovação mais rápida do texto, sem precisar voltar à Câmara. O governo também avalia deixar o Auxílio Brasil como um programa permanente.
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam sem direção definida nesta sexta, com temores de novos lockdowns para conter a Covid-19 na Europa pressionaram ações de bancos, energia e companhias aéreas, enquanto a força no setor de tecnologia levou o Nasdaq a máxima recorde.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de 0,59%, cotado a 103.035,02 pontos.
O dólar fechou em alta de 0,70%, cotado a R$ 5,608.
Nos EUA, as bolsas encerraram mistas. O S&P 500 indicou -0,14% (4.697,98), o Nasdaq fechou em +0,40% (16.057,44), enquanto o Dow Jones fechou em -0,75% (35.602,24).
Confira destaques desta sexta:
Precisamos ter transparência sobre qual arcabouço fiscal vamos usar, diz Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil precisa continuar avançando nas reformas e precisa ter transparência quanto ao arcabouço fiscal que vai utilizar daqui para frente.
Em palestra no Meeting News, organizado pelo Grupo Parlatório, ele avaliou que os dados fiscais do governo têm mostrado melhora “importante”, mas ressaltou que o mercado olha para frente. Segundo Campos Neto, também há inquietude em relação ao novo pacote de ajuda aos mais vulneráveis e a seu financiamento.
“Estamos saindo da pandemia ainda com algum dinheiro sendo colocado em circulação”, disse ele. “Pergunta que fica é quais são as reformas que vão ser feitas para fazer com que a gente mude de patamar”, complementou.
Estímulos do Fed na pandemia mantiveram fluxo de recursos a combustíveis fósseis
Os maiores bancos e investidores do mundo recentemente se comprometeram na COP-26, a conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada na cidade escocesa de Glasgow, a restringir o fluxo de financiamento para os combustíveis fósseis. Mas os estímulos monetários fornecidos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) durante a pandemia mantiveram a torneira aberta para investimentos nesses mercados.
As empresas de petróleo e gás arrecadaram montantes recordes de financiamento do setor privado desde que o Fed cortou a taxa básica de juros em 2020 e anunciou programas de compra de títulos corporativos, o que interrompeu anos de declínio de investimentos em combustíveis fósseis. Essas companhias foram beneficiárias desproporcionais dos programas do Fed destinados a impulsionar o setor produtivo dos EUA durante a pandemia.
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