A febre do Oropouche, apesar de ainda não ter casos confirmados no Rio Grande do Norte, é um assunto que tem mobilizado ações de vigilância da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Conhecida por sintomas similares aos da dengue, como dores de cabeça e musculares, essa doença é transmitida por um arbovírus e demanda diagnóstico laboratorial preciso para ser identificada.
No início de junho deste ano, o Lacen-RN começou a realizar testagens em amostras que apresentavam características suspeitas de dengue, chikungunya ou zika, mas que não foram diagnosticadas como positivas para essas doenças. Esse procedimento é essencial para diferenciar a Febre do Oropouche de outras doenças com sintomas similares.

O que é a Febre do Oropouche e por que é importante estar atento?
A Febre do Oropouche é uma doença que tem se expandido para áreas onde não era comumente encontrada, como alerta a Sesap em nota técnica enviada a todos os municípios do estado. A transmissão é principalmente feita pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido popularmente como “maruim”.
A orientação dos especialistas é o repouso e manejo cuidadoso dos sintomas, com acompanhamento médico necessário. Com um período de incubação que varia entre três e oito dias, a doença permanece no sangue de dois a cinco dias após o surgimento dos primeiros sinais e pode ter uma fase aguda que dura até uma semana.
Como podemos prevenir a propagação da Febre do Oropouche?
- Evitar áreas infestadas pelo mosquito “maruim”.
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e repelentes nas áreas expostas.
- Manter o ambiente livre de criadouros de mosquitos, implementando medidas como limpeza urbana e saneamento adequado.
- Instalar telas de proteção nas janelas para evitar a entrada de mosquitos.
Que ações estão sendo tomadas pela Sesap para monitorar e combater a doença?
Segundo a coordenadora de vigilância em saúde da Sesap, Diana Rego, a estratégia tem sido de vigilância ativa e proativa, incluindo a testagem de casos suspeitos e treinamento contínuo das equipes de saúde. Além disso, as medidas preventivas já recomendadas incluem o controle ambiental para reduzir a presença do vetor e a proteção individual contra picadas de insetos.
Com a conscientização e colaboração da população, complementadas pelas ações de vigilância e prevenção realizadas pelos órgãos de saúde pública, espera-se controlar a propagação da Febre do Oropouche no Rio Grande do Norte, protegendo assim a saúde da comunidade frente a esta ameaça emergente.