
Atualizado às 12h33
O Ibovespa opera em alta de 1,30%, aos 104.715,22 pontos nesta sexta-feira (05). O mercado está em alta após mau humor de ontem trazido pelas incertezas acerca da PEC dos Precatórios.
Entre os principais índices estão, Vale (VALE3), que abriu em alta, passou para o terreno negativo, (-0,24%; R$ 65,91) seguindo o minério de ferro, que fechou hoje em queda de 6,95% no porto chinês de Qingdao. Siderúrgicas também iniciaram o pregão com valorização, mas viraram o sinal: CSN (CSNA3) -0,33% (R$ 21,26); Gerdau (GGBR4) -0,43% (R$ 25,42); Metalúrgica Gerdau (GOAU4) -0,42% (R$ 11,72). A exeção é Usiminas (USIM5), que tem valorização de 0,57% (R$ 12,37).
Já Petrobras sobe, em linha com as altas do petróleo no mercado internacional. Petrobras ON (PETR3) tem alta de 1,76% (R$ 27,14) e Petrobras PN (PETR4) +1,62% (R$ 26,43). No mesmo setor, Petrorio (PRIO3) lidera as altas do índice, com valorização de 8,04% (R$ 25,27)). Na ponta oposta estão as empresas de papel e celulose, com as maiores quedas do Ibovespa: Suzano (SUZB3) recua 1,30% (R$ 48,66) e Klabin (KLBN11) -0,67% (R$ 22,18).
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou ontem em queda de 2,09%, cotado a 103.412,09 pontos.
O dólar fechou em alta de 0,29%, cotado a R$ 5,606.
Cenário interno:
Ontem, o índice da bolsa registrou a mínima histórica devido às incertezas trazidas pela aprovação da PEC dos Precatórios, hoje, a questão fiscal continua ditando o tom do mercado.
Além da questão fiscal, o leilão do 5G e, e também a temporada de balanços corporativos atraem a atenção dos investidores no último dia dessa semana de feriado.
No leilão feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as operadoras de telecomunicação (como a Claro, Vivo, Tim e Oi) disputam a compra de redes de radiofrequência, que são a base do funcionamento da internet móvel.
Sobre os balanços, o caso do Bradesco chamou a atenção, com alta de quase 35% no lucro.
Cenário externo:
O pregão das bolsas asiáticas encerraram em baixa em meio a novas preocupações com a frágil situação financeira do setor imobiliário chinês. A suspensão dos negócios da incorporadora Kaisa em Hong Kong, após a unidade financeira da empresa não pagar uma dívida de um produto de gestão de riqueza, precipitou o mau humor do mercado.
A Kaisa, assim como a Evergrande, é um grande emissor de bônus no mercado internacional.
As bolsas europeias operam em alta e respiram com alívio as preocupações sobre o aperto monetário e a temporada de balanços. Os movimentos dovish do Fed e do BoE, além de comentários similares do BCE, ajudaram o sentimento positivo esta semana.
Agora, com a agenda vazia, o foco está totalmente voltado para o payroll, que pode estimular novas apostas sobre o aumento de juros nos EUA. Os ganhos foram comprometidos pelo setor de viagens com a queda da IAG. (British Airways), que tem resultados comprometidos pelas restrições da pandemia este ano.
Entre os indicadores, a produção industrial da Alemanha caiu 1,1% em setembro. Na Zona do Euro, as vendas no varejo caíram 0,3% em setembro, ante previsão de avanço de 0,2% nas vendas. Outro indicador foi as vendas no varejo da zona do euro, que registraram queda inesperada em setembro uma vez que a Alemanha, maior economia do bloco, teve desempenho fraco, bem como as vendas fora do setor de alimentos.
Os dados do Payroll de outubro, relatório de emprego não-agrícolas do Departamento de Trabalho, divulgados nesta sexta-feira (5), mostram que a criação de empregos cresceu nos Estados Unidos.
A economia dos país criou 531 mil empregos no mês em questão, o que aponta um dado acima do esperado (+400 mil) e também maior do que a de setembro. No período anterior, os números foram revisados de 194 mil vagas para 312 mil.
Dólar:
O dólar passou a cair ante outras divisas, após o payroll melhor que o estimado favorecer a realização de lucro. Aqui, a moeda opera perto da mínima (R$ 5,5631), em queda de 0,52%, a R$ 5,5771. As questões domésticas, com o incerto resultado da votação dos precatórios em segundo turno, na 3ªF, continuam no radar. Os juros futuros passaram a recuar na ponta mais curta enquanto, nos EUA, os retornos mais longos do Treasuries renovam mínimas (T-Note de 10 anos em 1,50%, de 1,52%).
Com Reuters e BDM
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