
A Marcopolo (POMO4) divulgou nesta quarta-feira (3) na Comissão de Valores Imobiliários (CMV) o balanço trimestral. A empresa registrou lucro líquido de R$ 107,1 milhões no terceiro trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 57,4 milhões no mesmo período do ano passado.
A receita líquida, por sua vez, ficou em R$ 757,6 milhões no 3º tri, que corresponde a uma queda de 9,4% em comparação ao trimestre encerrado em setembro de 2020. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve resultado positivo de R$ 95,1 milhões, e também reverteu resultado negativo de R$ 23,8 milhões do mesmo período do ano passado.
“O EBITDA foi afetado negativamente pelos ajustes no quadro de pessoal (R$ 9,6 milhões no 3T21, considerados os custos de rescisão da mão de obra administrativa, comercial e industrial), pela menor receita de exportações, pelo mix mais leve voltado a ônibus de menor valor agregado e pelo impacto das provisões trabalhistas”, afirmou a empresa, no release de resultados do terceiro trimestre. “O EBITDA foi afetado positivamente em R$ 101,1 milhões pelo êxito em determinadas discussões judiciais tributárias.”
Nos nove primeiros meses do ano, a Marcopolo apresentou lucro líquido de R$ 293,2 milhões e também reverteu o prejuízo do período entre janeiro e setembro de 2020, que foi de R$ 45,4 milhões.
A receita líquida ficou em R$ 2,415 bilhões, queda de 5,4% em comparação aos três primeiros trimestres de ano passado. O EBITDA, por sua vez, ficou em R$ 259,1 milhões, variação positiva de 117,7% com o mesmo período de 2020.
Analistas da SaraInvest avaliam o balanço como fraco, mas esperado pela empresa. “Mesmo com resultados ainda negativamente impactados pela pandemia, o cenário de turnaround torna-se cada vez mais claro”, afirmam. Os analistas recomendam a compra das ações da Marcopolo pela expectativa de crescimento para os próximos balanços.
“Assim, reiteramos compra para o ativo com base em três principais pilares: retomada da demanda de ônibus para os próximos trimestres, tendo em vista o represamento de pedidos durante a pandemia; recuperação do turismo em escala global, que trará melhores números para o segmento rodoviário; e crescimento dos resultados operacionais nas plantas estrangeiras”, completam.
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