A proposta de criar uma nova bolsa de valores no Rio de Janeiro, apresentada pelo prefeito Eduardo Paes, tem gerado discussões e críticas. Raphael Figueredo, CEO da Eleven Financial Research, defende a iniciativa, destacando que ela representa uma “oportunidade ímpar para quebrar monopólios e promover maior eficiência”. Ele argumenta que críticas baseadas na liquidez são infrutíferas e que o mercado se ajustará com o tempo.
Segundo Figueredo, a nova bolsa poderá atrair mais investimentos e amadurecer o capital no Brasil, comparando com o modelo argentino onde há duas bolsas distintas. Ele ressalta que essa iniciativa permitirá “qualificar o capital e direcionar o fluxo de negociação”, mitigando riscos e oferecendo alternativas de investimentos que hoje estão centralizadas em uma única bolsa.

Raphael Figueredo também aponta que o custo de capital no Brasil é historicamente elevado e que “ter uma ou várias bolsas é o melhor mecanismo conhecido até o momento para que as empresas se financiem com menores custos e maior acesso”. Figueredo vê a criação da nova bolsa como uma forma de conectar a poupança, atualmente concentrada nos grandes bancos, à economia real, catalisando a engrenagem econômica do país. Ele observa que em países desenvolvidos, mais da metade da população investe em ações para o longo prazo, uma prática eficiente para garantir a aposentadoria. Ele questiona por que o Brasil não pode seguir esse exemplo e se beneficiar das vantagens de ter múltiplos mercados financeiros.
Para Figueredo, a proposta de uma nova bolsa de valores no Rio de Janeiro é uma maratona, não uma corrida de 100 metros rasos. Ele conclui que a ideia faz sentido e é extremamente bem-vinda, representando um passo importante para o amadurecimento do capital brasileiro e fortalecimento do sistema econômico.