
Após as negociações do Tesouro Direto serem interrompidas duas vezes nesta quinta-feira (28), as taxas dos títulos sofreram forte variação. A volatilidade ocorreu após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 1,5 ponto percentual, levando a taxa de 6,25% para 7,75%.
Outro fator para o estresse dos juros foram as informações de que o governo quer prorrogar o auxílio emergencial, caso a PEC dos precatórios não avance na Câmara dos Deputados.
Entre os títulos prefixados, o Tesouro Prefixado 2024 paga 12,34% ao ano, acima dos 11,82% negociados na véspera. O Tesouro Prefixado 2026 tem retorno de 12,18%, ante 11,80% da última quarta-feira.
O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2031 também é oferecido com prêmio de 12,05% ao ano, acima dos 11,84% do último fechamento.
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Títulos atrelados à inflação
Entre os títulos com rentabilidade atrelada à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 paga o IPCA + 5,51% a.a.
Já nos papéis longos, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055 é negociado com prêmio de 5,51% acima da inflação.
Entre os principais indicadores do dia, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,64% em outubro, após cair 0,64% em setembro, informou nesta quinta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas. O resultado ficou acima do teto das estimativas do mercado coletadas pelo Projeções Broadcast, de 0,61%. A mediana da pesquisa indicava alta de 0,30%.
Com o resultado, o IGP-M acumulado em 12 meses desacelerou de 24,86% em setembro para 21,73% em outubro, acima da mediana da pesquisa, de 21,36%. Em 2021, o índice acumula inflação de 16,74%.