
Atualizado às 12h06
O Ibovespa opera em baixa de 1,93%, aos 106.618 pontos pontos nesta terça-feira (26). O mercado não aceitou bem o IPCA-15, prévia da inflação oficial, e continua de olho na decisão do Copom sobre a Selic.
Entre os principais ativos do índice, Petrobras abriu em queda, mas agora segue a alta do petróleo e opera em terreno positivo: Petrobras ON (PETR3) +0,64% (R$ 29,80) e Petrobras PN (PETR4) +0,28% (R$ 29,12). Em Qingdao, o minério de ferro fechou em alta de 2,70%, US$ 122,30 a tonelada. Por aqui, as ações do setor abriram em queda, mas já registram alguma recuperação.
Vale (VALE3) reduziu as perdas e cai 0,09% (R$ 76,93), enquanto Usiminas (USIM5) sobe 0,14% (R$ 14,70). Gerdau (GGBR4) sobe 0,29% (R$ 28,04) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) +0,85% (R$ 13,01), enquanto CSN (CSNA3) recua 1,65% (R$ 25,67). EDP (ENBR3) que registrou lucro líquido de R$ 510,5 milhões no 3TRI, alta de 70,3% na comparação anual, lidera as altas do índice, com valorização de 2,44% (R$ 19,71), enquanto Cielo (CIEL3) tem a maior baixa, com queda de 3,64% (R$ 2,38).
Na última segunda-feira (25), o principal índice da bolsa brasileira fechou em alta de 2,28%, cotado a 108.714,55 pontos.
Cenário interno:
Os investidores não gostaram da prévia da inflação mais alta do que o esperado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) acelerou para 1,20% em outubro, após alta de 1,14% em setembro. Em outubro do ano passado, o IPCA-15 teve variação de 0,94%. Essa nova alta de 1,20% é a maior para um mês de outubro desde 1995, que naquele ano foi de 1,34%.
Além disso, continua o aguardo sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a Selic, taxa básica de juros, que deve sair amanhã.
Cenário externo:
Na Ásia, as ações fecharam sem indicar um único sinal no pregão de hoje, as bolsas em certo modo acompanharam o tom positivo de ontem em NY.
O setor imobiliário fez com que o índice de Hong Kong fosse pressionado, após anúncio de planos do governo chinês de testar um imposto para o setor durante cinco anos. Esse imposto surge em um momento de preocupação com a frágil situação da Evergrande, gigante da construção chinesa que tem tido dificuldades de honrar suas dívidas. A ação da incorporadora caiu -4,12% nesta terça-feira (26).
As ações europeias foram a máximas em sete semanas nesta terça-feira, com fortes resultados de UBS, Reckitt Benckiser e outras companhias contribuindo para o otimismo geral sobre a temporada de lucros do terceiro trimestre.
O índice STOXX 600 aproximava-se de recordes, com o sentimento global estimulado pelas máximas históricas em Wall Street na sessão anterior.
A fabricante de produtos de limpeza Lysol Reckitt Benckiser Group saltava 5,7%, depois de aumentar sua previsão para o ano cheio e superar estimativas para as vendas do terceiro trimestre.
Reckitt era a maior ganhadora no FTSE 100, do Reino Unido.
O índice pan-europeu STOXX 600 tinha alta de 0,57%, a 474,90 pontos.
As bolsas americanas devem abrir em alta, como indicam os índices futuros, reagindo ao tom positivo dos balanços corporativos, que têm saído melhores que o estimado. Ontem, o Facebook reportou lucro de US$ 9 bilhões no 3TRI, de US$ 7,8 bilhões no ano passado, e mais tarde, outras big techs divulgam seus resultados (Alphabet e Microsoft).
O indicador econômico principal do dia é a venda de casas em setembro, do qual é esperado crescimento a 760 mil, ante 740 mil em agosto.
Veja mais:
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Dólar:
O câmbio abriu estável nesta terça-feira (26), alinhado ao ajuste no exterior, testando alta há pouco em +0,06%, a R$ 5,5591, com a cautela diante das incertezas do orçamento de 2022.
Após a abertura mais estavel, o dólar está em alta, a bolsa opera recua com os mercados à espera da decisão desta quarta-feira (27) sobre a nova taxa básica de juros no Brasil.
Às 9h56, a moeda americana subia 0,19%, cotada a R$ 5,5670.
Na segunda-feira (25), o dólar fechou em queda de 1,27%, cotado a R$ 5,555.
Com Reuters e BDM