O Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou hoje (28), que o índice de Preços de Despesas Pessoais (PCE) ficou estável em maio em relação a abril, conforme previsto pelos analistas. Na base anual, o PCE acumulou 2,6% em maio, ligeiramente abaixo dos 2,7% registrados em abril, mas ainda em linha com as expectativas do mercado.
O núcleo do PCE, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, registrou um aumento de 0,1% em maio, também alinhado com as previsões. Esse resultado reflete um controle contínuo da inflação, mantendo a trajetória esperada pelos economistas.
A estabilidade do PCE é um indicativo positivo para a economia dos Estados Unidos, sugerindo que as pressões inflacionárias estão sob controle. Esses dados são acompanhados de perto pelo Federal Reserve, que utiliza o PCE como uma de suas principais métricas para definir a política monetária.
Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital, conversou com o portal da BM&C News e analisou o indicador e o que significa para a economia americana e mundial.
Vasconcellos disse que “com os dados do PCE de hoje, o mercado financeiro vê chance maior para início dos cortes de juros pelo FED em setembro, e ampliou probabilidade de redução acumulada de 50 pontos-base em 2024, após divulgação do índice de preços de gastos com consumo, o PCE dos EUA. O indicador é a medida de inflação do BC dos Estados Unidos e veio praticamente em linha com as expectativas”.
José Alfaix, economista da Rio Bravo Investimentos, também deu sua opinião sobre o dado. “Ao analisar as medidas subjacentes, o indicador sobe marginalmente, em linha com as projeções de 0,1%. Ao destrinchar o resultado, o principal destaque se da para as despesas com serviços médicos e de saúde, que carregam o resultado.Os outros componentes do núcleo mostram comportamento benigno, e a divulgação do PCE vem em linha com o esperado, sem muitas surpresas”.