
Após reunião tensa nesta quinta-feira (21), com a quase saída do ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro continua no governo, de acordo com o analista político Erich Decat.
O analista não acredita na saída de Guedes, já que o ministro deu declarações a favor das mudanças nas regras fiscais que vão acontecer. “As peças não se encaixam. Dentro desse contexto, acredito que Paulo Guedes continua, porque, na minha avaliação, ele assimilou toda essa mudança nas regras fiscais, inclusive, deu declarações favoráveis a isso”, disse.
Segundo Decat, ainda tem muita pressão da ala política para a saída do ministro. “Essa pressão existia porque eles viam no Guedes um cara que ia travar os gastos no ano que vem. A partir do momento que avançou a questão da PEC dos precatórios, acredito que a pressão pela saída dele diminua”, afirmou.
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A informação da saída de Guedes foi dada pelo site Correio Braziliense. Segundo o veículo, o pedido teria sido por causa de desdobramentos sobre o teto de gastos e as alternativas feitas pelo governo a fim de bancar o Auxílio Brasil de R$ 400.
A demissão de Guedes teria sido realizada logo depois que quatro secretários do Ministério da Economia deixaram o cargo ontem, informa o blog.
Deixaram o Ministério o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo.
O Correio Braziliense informa ainda que a demissão de Guedes pode ser formalizada nesta sexta-feira (22) ou ao longo da próxima semana. Ainda segundo informações, interlocutores de Bolsonaro estão sondando nomes para o lugar de Guedes.
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