
Diante de um cenário de volatilidade e pressão vinda dos mercados externos no mês de setembro – que levaram o Ibovespa a recuar 6,6% – e também atenta aos riscos locais, a gestora de recursos Occam Brasil optou por reduzir algumas posições externas de forma “relevante”, trocando papéis de maior crescimento por temas como energia e financeiro.
As informações foram divulgadas no relatório de gestão referente ao mês de setembro. Na bolsa brasileira, a estratégia do mês anterior foi mantida, com posições compradas em empresas resilientes e mais protegidas da deterioração macroeconômica, e vendidas em empresas de baixa qualidade.
“[Essas companhias] terão mais dificuldades para superar o ambiente incerto a frente e estão em múltiplos elevados, considerando nossas expectativas de revisões negativas de seus resultados futuros”, afirmou a equipe da Occam, em relatório. “Os riscos econômicos [no Brasil] permanecem e continuamos focados na geração de Alpha”, destacaram.
Juros e câmbio
Na parte de juros, os gestores optaram por expandimos o portfólio internacional através de posições tomadas em juros nos países desenvolvidos e emergentes.
“O Brasil também sofre as consequências do agravamento da nossa crise energética que se soma aos desafios fiscais e inflacionários já existentes. Dessa forma, seguimos com posições tomadas em juros nominais também no portfólio doméstico”, afirmaram.
Já nas moedas, a gestora afirmou que carrega uma posição comprada em dólar contra o real e uma cesta de países emergentes mais vulneráveis ao risco inflacionário global.