
Com questões políticas em pauta, como a PEC dos precatórios e o teto de gastos, investidores institucionais podem ter um pouco mais de cautela com posições brasileiras. Em entrevista exclusiva à BM&C News, Ricardo Trevisan, sócio e estrategista-chefe da Capitólio, citou o aumento risco-país e disse que o mercado reagiu negativamente à possibilidade de Auxílio Emergencial a R$400.
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Trevisan disse que, neste mês, ainda existe uma entrada de fluxo de capital estrangeiro positivo para o país, mas que ainda “é uma coisa que preocupa. Esse tipo de evento estressa o mercado, traz muita volatilidade e obriga o investidor, não só institucional como também o investidor estrangeiro, a ‘tirar um pouco o pé’ das posições aqui do Brasil”, analisou.
“A política conversa muito com o dólar e com a taxa de juros. Outras questões, por exemplo, o minério, petróleo, China e etc, acaba conversando um pouco mais com a Bolsa. Então, o investidor institucional a gente sente que ele realmente está estressado aqui dentro”, ressaltou.
Na análise, Trevisan destacou que, conforme os riscos aumentam, os investidores internacionais tendem a migrar para lugares mais seguros. Essa tendência pode ter como consequência a alta na taxa de juros americana e a maior procura por ativos estrangeiros.
“O Brasil fica em uma posição onde ele precisaria entregar um fiscal um pouco mais limpo, uma estrutura de dívida-PIB um pouco mais alinhada para que realmente a gente tivesse uma atração maior de investidores institucionais”, pontuou.
Confira a entrevista completa:
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