O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (11) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio foi de 0,46%. O indicador ficou 0,08 ponto percentual acima do registrado em abril (0,38%). No acumulado do ano, o IPCA já soma alta de 2,27%, enquanto nos últimos 12 meses, a variação foi de 3,93%.
O portal de notícias da BM&C News conseguiu conversar com com dois especialistas para darem sua opinião sobre o IPCA de maio e o que esperar para o futuro da economia brasileira.
Para começar, Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, destacou que o IPCA de maio variou 0,46%, acima da mediana do mercado (0,42%) e da projeção da instituição (0,41%). A surpresa veio principalmente dos núcleos do índice, que registraram uma variação média de 0,39%, superior à expectativa de 0,33%.
Além disso, Sanchez alertou que os serviços subjacentes também foram mais elevados do que o previsto, o que indica uma menor probabilidade de novos cortes de juros antes da próxima reunião do Copom. Desvios significativos foram observados em energia elétrica e alimentação no domicílio.
Por outro lado, o economista Álvaro Bandeira afirmou que o IPCA veio ligeiramente acima do esperado, especialmente por conta da alta nos combustíveis, com a gasolina subindo 0,45%. Embora a alimentação e bebidas tenham subido apenas 0,62%, a inflação continua elevada e acima da meta, com expectativas de aceleração nos próximos meses.