Em recente movimento no cenário dos servidores públicos federais, uma nova carreira foi criada especificamente para Analistas em Tecnologia da Informação (ATI). No entanto, a alegria não foi completa, pois o PL 1.213/2024, aprovado em 22 de setembro de 2023 na Câmara dos Deputados, deixou de fora diversos outros analistas que desempenham funções cruciais similares.
Qual é o problema com a nova regulamentação da Carreira de TI?

A nova configuração trouxe, para aqueles integrados na categoria ATI, tanto benefícios salariais quanto de reconhecimento profissional. Contudo, vários outros profissionais dedicados na área de Tecnologia da Informação, como Analistas de Sistemas, de Processamento de Dados e de Suporte, foram omitidos. Essa medida gerou um sentimento de desequilíbrio e solicitou uma resposta imediata dos sindicatos representativos.
Condsef cobra ação imediata para inclusão de todos os analistas
A Condsef/Fenadsef, principal sindicato dos servidores públicos federais, não perdeu tempo e encaminhou um ofício ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), exigindo a criação de uma mesa de negociação especial e temporária. Esta mesa teria como principal objetivo revisar e possivelmente alterar o PL 1.213/2024, para integrar os cargos excluídos. Desde setembro de 2023, as negociações vinham sendo tentadas, baseadas em inúmeros estudos técnicos e pareceres jurídicos, sem sucesso até o momento da aprovação do projeto.
O potencial elitista e divisivo dessa medida não apenas afeta diretamente centenas de trabalhadores, como paradoxalmente incentiva uma competição desnecessária entre colegas que, até então, compartilhavam de funções e remunerações semelhantes. Tal situação ameaça degradar o ambiente de trabalho com disputas por reconhecimento e recursos.
- ATI reconhecidos e incluídos na nova carreira
- Demais analistas de TI excluídos do plano
- Cobrança de uma revisão rápida e abrangente do PL
Passos Seguintes
Diante da resposta do MGI às solicitações, a Condsef/Fenadsef planeja mobilizar suas entidades filiadas para realização de assembleias por todo o Brasil. A história tem mostrado que a dialogicidade e a pressão coletiva são ferramentas poderosas nas mãos dos trabalhadores para corrigir rumos que possam parecer injustos.
Lembrando que a coesão e a unidade entre os trabalhadores são essenciais para fortalecer a posição em negociações desse porte. Portanto, é crucial que todos os servidores públicos federais, principalmente os afiliados e aqueles envolidos diretamente com a tecnologia da informação, participem ativamente das discussões, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e suas posições, consideradas.
A luta por um reconhecimento justo e equivalente para todos os profissionais que verdadeiramente contribuem para a administração pública deseja ser mais do que uma meta alcançável; deseja ser uma realidade inequívoca.