O governo considerou como cenário provável a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) ao atualizar sua projeção oficial para as contas públicas deste ano, informou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, nesta quarta-feira.

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Dos cerca de R$ 14 bilhões adicionais projetados para este ano pela equipe econômica para receitas com dividendos em seu relatório bimestral de avaliação fiscal, R$ 13 bilhões referem-se a pagamentos que seriam feitos pela Petrobras.
Essa previsão de recolhimento integral dos dividendos extraordinários ocorre apesar das recentes mudanças na gestão da estatal e da polêmica em torno da distribuição desses dividendos. A troca de CEO da Petrobras, em meio à pressão do governo por maiores investimentos, não alterou a projeção do governo sobre a distribuição dos dividendos.
A Petrobras havia anunciado em abril a remuneração aos acionistas de R$ 21,9 bilhões em dividendos extraordinários, equivalentes a 50% dos repasses possíveis do exercício de 2023, após inicialmente reter essa distribuição, surpreendendo o mercado.
A outra metade dos dividendos extraordinários possíveis ficou em uma reserva estatutária da empresa, podendo ser distribuída até o final do ano, conforme proposta do governo em assembleia da companhia.