
Para afastar o risco de apagão em período de ano eleitoral, o governo vai concentrar a estratégia na expansão da energia termelétrica. Com isso, até o ano de 2025, a matriz de energia terá uma participação maior de fontes mais poluentes e o consumidor enfrentará custos mais altos, segundo informações do jornal O Globo.
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O Ministério de Minas e Energia (MME) diz que pesquisas e simulações de Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que o acionamento das térmicas nos meses de janeiro e novembro deste ano custará cerca de R$ 13,1 bilhões. Até o ano de 2026 estão previstos investimentos em novos negócios em torno de R$ 12 bilhões em usinas térmicas no Brasil.
O MME fará um leilão, em outubro, para compra de adicional de energia em processo simplificado de abril do ano que vem até um prazo de dezembro de 2025. No entanto, existe possibilidade da entrega ser antecipada.
A ação torna-se necessária para recompor o nível dos reservatórios das hidrelétricas, no entanto o impacto na conta de luz deverá ser ainda maior.
Está previsto para participar do leilão térmicas a gás com custo máximo de R$ 750 por megawatt-hora (MWh) e a óleo diesel e óleo combustível de até R$ 1 mil/MWh. Consequentemente, a fatura sairá mais cara comparado a outros leilões anteriores. Apesar disso, o governo diz que o “prazo desafiador” para entrada em operação resulta em custo ainda mais alto. A aposta é que a concorrência possa controlar os preços.