
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou em um ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic, nesta quarta-feira (22). Com isso, a taxa passa de 5,25% para 6,25% ao ano, com objetivo de conter a pressão inflacionária.
“Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 6,25% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para as metas no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2022 e, em grau menor, o de 2023.”, destaca o Comitê em comunicado.
A Selic fechou no maior nível desde agosto de 2019. A decisão já era esperada pelo mercado financeiro, principalmente após declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, ter sinalizado que mira horizonte mais longo para o controle da inflação.
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O Copom enfatizou que a alta na taxa Selic vem com o objetivo de controlar a inflação para dentro da meta. “O Copom considera que, no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e, simultaneamente, permitir que o Comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques”, afirmou.
Esse foi o quinto aumento em 2021. Especialistas avaliam que a taxa continuará aumentando neste ano. Conforme último Boletim Focus do Banco Central, a previsão é que a Selic termine em 8,35% este ano e em 8,5% para 2022.
Já antecipando para a próxima reunião, programada para os dias 26 e 27 de outubro, o Comitê afirma que outro ajuste com aumento semelhante na taxa de juros já está projetado. “O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, disse.
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