
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (21), em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, que o Brasil tem tudo o que os investidores procuram. O presidente também falou sobre o auxílio emergencial, na faixa dos 800 dólares.
O mandatário foi a Nova Iorque para abrir o encontro – algo que é tradição desde 1947 para presidentes brasileiros.
” Meu governo recuperou a credibilidade externa e é um dos melhores destinos de investimentos”, afirmou o presidente.
Procurando passar uma imagem positiva, em um momento em que o Brasil registra um dos números mais altos de casos e mortes por Covid-19 no mundo, Bolsonaro afirmou que o país recuperou sua credibilidade perante o mundo.
Confira trechos do discurso
Em seu discurso, o presidente brasileiro começou falando que o Brasil é diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. “O Brasil mudou, estamos há dois anos e 8 meses sem um caso de corrupção”. Ainda no começo, Bolsonaro disse que o país estava “a beira do socialismo e nossos bancos eram usados para financiar obras em países comunistas.”
Em seguida, o presidente entrou na questão ambiental em solo brasileiro, dizendo que nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa como a nossa.
“Dobramos os recursos humanos e materiais para diminuir o desmatamento. Na Amazônia, tivemos 32% de redução em agosto comparado ao ano passado.” Para terminar , Bolsonaro disse que todos estão convidados a visitar a Amazônia.
Após mencionar a questão ambiental, o assunto colocado em pauta foi a pandemia. Disse que sempre defendeu combater o vírus e a economia ao mesmo tempo. Também chegou a mencionar que desde o início o Brasil apoiou a decisão do médico em fazer o tratamento precoce, sendo utilizado por ele mesmo. Ainda completou: ” Não entendemos porque muitos países, junto com a mídia, se posicionaram contra o tratamento inicial”.
Logo após falar sobre os empregos, o presidente Bolsonaro diz que o povo é patriota e no dia de sua independência foram as ruas pacificamente protestar. “No último sete de setembro, milhares de brasileiros foram às ruas mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e do nosso governo”.
Encontro
Na cidade, teve alguns encontros em sua agenda e um deles foi o encontro com o primeiro-ministro Boris Johnson.
Em encontro com o primeiro-ministro britânico nesta segunda-feira (20), Boris Johnson, o presidente Jair Bolsonaro ouviu do colega do Reino Unido a recomendação de que todos tomassem a vacina contra Covid-19 da AstraZeneca, desenvolvida em seu país, enquanto ele mesmo confirmou que ainda não se vacinou.
Em imagens do encontro gravadas pela TV Reuters, Johnson elogia o imunizante da AstraZeneca.
“Grande vacina”, diz o primeiro-ministro depois de comentar que Brasil e Reino Unido trabalham em conjunto no desenvolvimento da vacina. “Eu tomei AstraZeneca. Pessoal, tomem a vacina da AstraZeneca. Eu tomei duas vezes já.”
Enquanto Johnson falava, Bolsonaro apontou para si mesmo e fez sinal de não com a mão. Ao ser questionado por Johnson se já teria se vacinado, Bolsonaro responde: “Não. Ainda não.”
A posição antivacina do presidente brasileiro criou problemas na organização da viagem. Bolsonaro é o único presidente do G20, grupo de países mais ricos do mundo, a não ter se vacinado, apesar de, aos 67 anos, ser considerado grupo prioritário no Brasil.
Acompanhe a matéria na integra: