Segundo especialista em direito desportivo econômico, apesar do pontapé dado pelo Cruzeiro, “muita água ainda passará por baixo dessa ponte” até o IPO de um dos clubes
A indústria do futebol tem investido cada vez mais em mecanismos de capitalização, além da criação das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). Tem apostado em tokens com mecanismo de solidariedade e até FIDCs provenientes de contratos de direito de imagem dos atletas do clube para aumentar o capital e lidar com o elevado nível de endividamento dos clubes. A dúvida é se o próximo passo é rumo à abertura de capital na bolsa. A recente movimentação criada pela divulgação da venda do Cruzeiro por Ronaldo Fenômeno, traz à tona as movimentações da indústria do futebol para fugir do longo histórico de dívidas. O FIDC Zorro, que inclui direitos creditórios provenientes de contratos decorrentes de direito de imagem dos atletas do clube, ligado ao próprio Cruzeiro e com início da operação em fevereiro de 2024, evidencia uma relação maior entre o mercado da bola e o mercado de capitais. Adquira ferramentas para uma oferta pública de ações ou dívida no curso Resolução 160 O divisor de águas nessa relação ocorreu, de fato, em 2021, com a criação da Lei nº 14.193/21, que instituiu a SAF. Pouco depois, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou o Parecer de Orientação CVM 41/2023, tratando…