Nesta segunda-feira (06), o Ibovespa ficou perto da estabilidade durante o pregão e fechou em baixa de 0,03%, em 128.465,69 pontos. O mercado operou estável hoje depois de ensaiar uma leve alta durante o dia.
A bolsa brasileira divergiu dos mercados mundiais, enfrentando dificuldades para avançar significativamente. O cenário fiscal problemático no Brasil levou os investidores a especularem sobre a extensão dos recursos necessários do governo em relação a tragédia em Porto Alegre e toda a região gaúcha.
Pedro Marinho Coutinho, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, compartilhou insights sobre os principais impulsionadores e detratores do desempenho da bolsa brasileira com o portal da BM&C News.
Coutinho ressaltou que o mercado está aguardando a decisão do Copom e os desdobramentos das tragédias no RS. “Na quarta-feira, teremos a decisão do Copom sobre a taxa de juros. Em minha opinião, espero uma redução de 0,50%. Alguns participantes do mercado mencionam 0,25% e enfatizam essa possibilidade devido à tragédia no RS, o que pressiona as questões fiscais. Contudo, acredito que ainda há espaço para uma redução de 0,50% conforme o guidance anteriormente fornecido pelo Copom na última reunião.”
O sócio da The Hill Capital destacou os destaques positivos do pregão atual. “Entre os destaques de alta hoje, temos Hapvida, Rede D’Or e Prio, com as três empresas se destacando devido às perspectivas de bons resultados. A Hapvida, em particular, recebeu atenção de várias casas de investimento, como o Safra, que emitiu um comentário hoje com uma perspectiva muito favorável. A Rede D’Or está divulgando seus resultados hoje, enquanto a Prio apresenta uma perspectiva bastante interessante para o mercado.”
Quanto às quedas, Pedro Marinho destacou a Braskem. “A Adnoc anunciou que não está mais interessada no processo de compra da participação da Novonor, uma novela que se arrasta há algum tempo. Com a desistência dessa empresa, o mercado reagiu com uma queda nas ações. Também observamos algumas ações relacionadas ao setor de proteína, como Marfrig e JBS, sofrendo quedas consideráveis, principalmente devido ao estresse e preocupações decorrentes da tragédia no Rio Grande do Sul.”
Por fim, o dólar fechou em leve alta de 0,08% cotado em R$ 5,08. A moeda americana registrou uma cotação máxima de R$ 5,09 e mínima de R$ 5,06.