Após 40 anos, as transações por DOC (Documento de Ordem de Crédito) chegaram ao fim em 2024. Criada em 1985, a transferência se encerrou oficialmente no dia 29 de fevereiro, sendo que os usuários podiam fazer o agendamento até 15 de fevereiro. Apesar de essa data ser a oficial, muitos bancos interromperam o serviço antes do prazo final.
Em 2022, o DOC se tornou o meio de pagamento menos utilizado. Foram 590 milhões de operações e R$ 55 bilhões movimentados. Bem menos do que a TED (Transferência Eletrônica Disponível), que foi utilizada 1 bilhão de vezes e movimentou R$ 40,7 trilhões. Os dados são do Banco Central, divulgados pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

TED ainda movimenta mais dinheiro que Pix
Apesar de a TED ter um impacto importante na economia, ainda fica bem atrás de cartões de crédito e débito. Essa queda na performance da TED e a extinção do DOC envolvem principalmente a criação do Pix, em 2020, que disparou nos dois índices.
Foram 24 bilhões de transações, movimentando R$ 10 trilhões em 2022– atrás somente da TED. No ano passado, disparou mais ainda, com 42 bilhões de transações (aumento de 75%, em comparação com o mesmo período do ano anterior), e movimentou R$ 17 trilhões.
Dos clientes, há um perfil muito variado. As pessoas usam o Pix na hora de fazer uma compra, quitar uma quantia com amigos ou familiares, ou também na hora de quitar dívidas.
Os dados apontam que o Pix está crescendo, e a tendência é que a quantidade de operações aumente a cada ano. A forma como ela opera acaba sendo muito atraente para a população.
O pagamento é instantâneo, permite cadastrar chaves com e-mail, telefone, CPF ou ler QR Code, não tem limite de valor (apesar de ter restrições de transações à noite), e um ponto fundamental: é totalmente gratuito.
Como vai ser o futuro?
Esse avanço direcionaria o foco para o horizonte de 2033, à medida que um estudo conduzido pela consultoria Protiviti indica a possível extinção do papel-moeda em quatro países nos próximos nove anos.
Essa eventualidade poderia exercer um impacto significativo sobre as transações comerciais. Ainda há uma considerável parcela de negócios que operam com base na circulação física do dinheiro, seja no momento em que o consumidor realiza pagamentos ou recebe troco.
Dessa forma, torna-se evidente a importância das pesquisas e estudos de pós-graduação na definição do futuro da economia. Ao compreendermos as tendências e desafios emergentes, podemos antecipar mudanças e implementar estratégias adaptativas que garantam a resiliência e a competitividade dos negócios nesse cenário em constante evolução.