Em uma reunião recente, a Comissão de Agricultura fez avançar projetos essenciais para a agricultura nacional e o manejo sustentável dos recursos hídricos no Brasil. Entre as medidas aprovadas destaca-se a atualização da Política Nacional de Recursos Hídricos, que agora enfatiza o acesso à água para as populações mais vulneráveis e os agricultores familiares. Adicionalmente, foi discutida a proposta de ampliação do prazo de pagamento para dívidas agrícolas, visando auxiliar os agricultores afetados por adversidades climáticas severas como secas e inundações.
Uma Política Renovada para a Gestão de Recursos Hídricos

A Política Nacional de Recursos Hídricos passou por uma revisão crítica, culminando na proposta de lei encabeçada pela Comissão de Meio Ambiente do Senado. Esta revisão foi impulsionada por discussões em um fórum com especialistas ambientais, inspiradas pelas recentes conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima. A nova proposta visa incorporar a segurança hídrica como um alicerce para garantir o bem-estar, a segurança alimentar e a prosperidade das populações de baixa renda e dos agricultores familiares no país.
Como a Segurança Hídrica se Torna uma Garantia Alimentar?
O senador Jorge Seif destacou a importância da medida, ressaltando que o objetivo da atualização é prevenir desigualdades no acesso à água. Esta é uma realidade não apenas em âmbito global, mas também muito presente no Brasil. A iniciativa busca assegurar uma gestão de recursos hídricos alinhada às políticas de combate à pobreza, promovendo a segurança alimentar e nutricional e garantindo prioridade de outorga para as populações mais vulneráveis, tanto em zonas rurais quanto urbanas.
Ampliação do Prazo para Pagamento de Dívidas Agrícolas
Em um movimento complementar ao fortalecimento da política hídrica, foi aprovada uma proposta para estender os prazos de pagamento de financiamentos agrícolas. Este projeto, apresentado pelo senador Mecias de Jesus, visa dar um fôlego extra aos agricultores rurais afetados por estados de calamidade ou emergência desencadeados por secas ou inundações. A proposta permite a extensão de até quatro anos nos prazos para quitar financiamentos realizados entre 2022 e 2024.
A adesão a esta medida de suporte financeiro é vista como crucial diante das adversidades climáticas enfrentadas em diversas regiões do país, num cenário onde muitos agricultores ainda não conseguiram acessar programas de renegociação de dívidas anteriormente disponibilizados pelo setor público. A inclusão dos agricultores afetados por inundações amplia o espectro de assistência da política, reconhecendo a variedade de desafios que impactam a agricultura brasileira.
Futuras Etapas e Impacto esperado no Setor Agrícola
As propostas seguem agora para a Comissão de Assuntos Econômicos, onde serão submetidas a uma nova rodada de votações. Essa progressão representa um passo significativo na busca por um manejo mais equitativo e sustentável dos recursos naturais do país, ao mesmo tempo que reforça o suporte aos pilares da economia rural brasileira.
Estas iniciativas demonstram um esforço coletivo do Senado em responder às demandas emergenciais do setor agrícola, buscando efectivar mudanças legislativas que promovam a sustentabilidade e a resiliência frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.