Hoje (09), o programa BM&C News entrevistou André Machado, CEO do Projeto os 10%, trouxe à tona uma análise crítica sobre a gestão e direcionamento dos investimentos da Petrobras.
Essa conversa começou com Machado falando sobre a eficiência operacional da estatal, até as complexidades políticas por trás das decisões de investimento, além claro, de começar o debate sobre o papel da maior estatal brasileira no cenário econômico e político atual.
Logo no começo, o CEO levantou questionamentos sobre a motivação por trás da alocação de investimentos da Petrobras, especialmente em projetos de fertilizantes em estados como o Paraná, base política de figuras influentes. A preferência por investir em áreas específicas, segundo ele, parece refletir mais os interesses políticos locais em ano eleitoral do que uma estratégia voltada a exploração de petróleo, ramo da empresa.
Ainda sobre os investimentos e desafios da Petrobras, a companhia tenta equilibrar a pressão por lucratividade com a tentação de diversificar seus investimentos. Porém, para Machado não há dúvidas que a estatal deveria se concentrar em fortalecer seu core business e buscar áreas lucrativas, ao invés de aventurar-se em setores que possam não render os retornos esperados, devido ao histórico de corrupção e ineficiências da empresa .
O CEO do Projeto os 10% continuou sua análise e não poupou críticas ao sugerir que a Petrobras está sendo usada como instrumento político, afastando-se de sua missão fundamental. Ele aponta para a necessidade de uma gestão focada na maximização do valor para os acionistas, algo que empresas listadas na bolsa, como a Vale, já adotam ao concentrar-se em seus principais negócios.
Para finalizar, André Machado, propõe uma solução nova mas um pouco mais radical para os dilemas da Petrobras, sendo a estatização completa. Essa abordagem permitiria à empresa se desvencilhar das influências políticas e focar exclusivamente em sua eficiência e lucratividade, seguindo o exemplo de transformações digitais bem-sucedidas em outros setores, como o bancário.