
O Ibovespa encerrou o dia em queda nesta segunda-feira (30) e perdeu a margem dos 120 mil pontos. O mercado doméstico reagiu aos indicadores econômicos, mas também aos ruídos políticos que persistem em Brasília e movimentam o mercado.
Muito se falou dos precatórios na capital brasileira hoje, já que a PEC será votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta semana. Já a reforma do Imposto de Renda, por sua vez, continua sendo negociada na Câmara.
Os preços da energia elétrica e dos combustíveis ficam no radar dos investidores também. A informação da Aneel na última sexta-feira foi de que a conta de luz dos brasileiros permanecerá no mês de setembro com a bandeira tarifária vermelha patamar 2 em decorrência da crise hídrica.
No relatório Focus, os economistas ouvidos pelo Banco Central elevaram as projeções para a inflação e para o dólar neste ano e passaram a ver um menor crescimento econômico. O levantamento semanal elevou a perspectiva de inflação de 7,11% para 7,27%.
Nos Estados Unidos, os índices fecharam em sua maioria positivos nesta segunda devido aos comentários “dovish” do presidente do Federal Reserve na semana passada, reforçando o otimismo em relação à recuperação econômica e diminuindo temores de uma redução no estímulo monetário a curto prazo. S&P 500 e Nasdaq tiveram mais um dia de máximas recordes de fechamento.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de 0,78%, cotado a 119.739,96 pontos.
O dólar fechou em leve queda de 0,12%, cotado a R$ 5,189. A moeda norte-americana teve variação no dia com mínima de R$ 5,182 e máxima de R$ 5,226.
Nos EUA, as bolsas fecharam de forma mista. O S&P 500 indicou +0,43% (4.528,76), o Nasdaq registrou +0,90% (15.266,89), enquanto o Dow Jones ficou em -0,16% (35.399,90).
Confira outros destaques desta segunda:
Febraban esclarece que não participou da produção de texto que ataca o governo
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nota nesta segunda-feira (30) esclarecendo que não participou da elaboração do manifesto que ataca o governo. De acordo com a federação, o texto “A Praça dos Três Poderes”, articulado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foi pensado por representantes de vários setores, inclusive o financeiro, durante a semana passada.
“Desde sua origem, a FEBRABAN não participou da elaboração de texto que contivesse ataques ao governo ou oposição à atual política econômica. O conteúdo do manifesto pedia serenidade, harmonia e colaboração entre os Poderes da República e alertava para os efeitos do clima institucional nas expectativas dos agentes econômicos e no ritmo da atividade”, disse no comunicado.
Opep+ deve manter política de produção inalterada a partir de setembro, dizem fontes
A Opep+ deverá manter sua política de produção de petróleo inalterada quando se reunir na próxima quarta-feira, continuando com um já planejado aumento modesto de bombeamento, disseram três fontes do grupo à Reuters.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, que formam o grupo conhecido como Opep+, se reunirá em 1º de setembro para discutir o aumento de produção previamente acordado de 400 mil barris por dia (bpd) ao longo dos próximos meses.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu à Opep e seus aliados para que ampliem a produção de petróleo, visando conter um aumento nos preços da gasolina –algo que considera uma ameaça à recuperação econômica global.
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