Nesta noite de quinta-feira (7), a Petrobras divulgou ao mercado que lucrou R$ 31,043 bilhões de forma líquida no quarto trimestre de 2024. Na comparação anual, a estatal teve uma baixa de 28,4%. Além disso, o número, ficou aquém do consenso, que era de R$ 35 bilhões.
Segundo a companhia, o principal motivo para o lucro líquido ter sido impactado negativamente em R$ 9,9 bilhões, foi devido a despesas com impairment e abandono de áreas.
Já lucro líquido recorrente foi de R$ 41 bilhões no 4T23, queda anual de 6,3%.
Em uma entrevista para o portal da BM&C News, André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital comentou um pouco sobre os resultados da estatal. Fernandes começou dizendo que o resultado da Petrobras não foi bom, porém, “apesar desses números, as grandes empresas do setor no mundo, também vem apresentando quedas nessas mesmas linhas de receita, o que credito ao processo de transição energética”.
O sócio da A7 Capital também alertou que os dividendos são algo que preocupam os investidores. “Acredito que o foco e maior peso nos ativos da Petrobrás está relacionado, na minha visão, à distribuição de dividendos. A estatal não vai fazer distribuição extraordinária de dividendos, como vem fazendo nos últimos 2-3 anos, será distribuído apenas os dividendos que ela distribui normalmente, mas ainda assim um número menor”.
Ele completou o seu pensamento dizendo que em sua opinião, a questão dos dividendos extraordinários vai acende a luz vermelha para os investidores e todo mercado, uma vez que todos devem saber que não haverá mais essa distribuição extraordinária de dividendos a partir de agora.
Esse problema com os dividendos, segundo Fernandes é uma “notícia negativa para os papéis da estatal”.
Além desse pagamento de dividendos, o resultado era algo muito aguardado pelo mercado, uma vez que declarações do CEO da Petrobras e compras de contratos, chamaram a atenção na semana passada.
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