Em meio à crise econômica que acomete Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) disse ser favorável à federalização de empresas estatais do estado. A proposta visa solucionar a enorme dívida existente entre Minas Gerais e o governo federal. Entretanto, destacou que a análise da viabilidade de tal ação compete à área econômica do governo federal, mais diretamente ao Ministério da Fazenda.

Apesar de apoiar a medida, Zema ressalta a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre o valor real das empresas estatais antes de seguir adiante com a proposta. Além disso, ele defende a capitalização das companhias antes da federalização, a fim de aumentar o valor das mesmas ao final do processo.
Ativos estatais de Minas Gerais
A discussão sobre a federalização de ativos estatais em Minas Gerais já ocorre desde o ano passado. Entre as empresas nesse contexto, destacam-se a Copasa, Cemig e Codemig, que atuam nos setores de saneamento, energia e exploração de nióbio, respectivamente. A ideia seria utilizar estas estatais mineiras como forma de pagamento da dívida do estado com a União, sendo uma alternativa ao atual Regime de Recuperação Fiscal.
Implicações financeiras e fiscais
A decisão de federalizar ou não empresas estatais representa mais do que uma possível solução para o problema da dívida de Minas Gerais. Reflete também os rumos que o estado e o governo federal pretendem tomar em relação ao modo como administram os recursos públicos e as empresas de propriedade estatal. A resposta a essa questão poderá determinar o futuro econômico e fiscal de Minas Gerais para os próximos anos.