As declarações do Deputado Eli Borges, líder da Frente Evangélica na Câmara de Deputados, causaram polêmica ao alegar que o Brasil vive um momento de “bibliofobia” e perseguição ao segmento religioso. Em entrevista concedida ao portal Metrópoles, o parlamentar atribuiu essa suposta perseguição às políticas públicas do governo federal, chefiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Críticas ao governo Lula

Como líder da Frente Evangélica, Borges afirmou que a prioridade da bancada em 2024 será defender a família e a liberdade, respeitando todas as religiões. Sobre a união estável entre pessoas LGBTQIA+, o deputado pontuou que essa é uma questão já pacificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas criticou a interferência do tribunal na esfera legislativa. A questão do pagamento de prebenda para os evangélicos e côngrua pelos católicos também foi abordada na entrevista.
Segundo a legislação vigente, esses pagamentos recebidos pelos religiosos por suas atividades não são considerados remuneração e, portanto, as igrejas não precisam recolher contribuições ao INSS. Contudo, em janeiro, a Receita Federal suspendeu um ato editado durante o governo Bolsonaro que beneficiava os religiosos. Sobre a relação com o atual governo, Borges afirmou que o presidente Lula se comprometeu a respeitar e dialogar com os religiosos. Espera-se, portanto, que o chefe do Executivo cumpra com suas promessas e respeite os mais de 200 mil líderes religiosos presentes no Brasil.
Governo Lula e bancada evangélica
As declarações de Eli Borges evidenciam a tensão existente entre o governo federal e a bancada evangélica, um importante segmento de representação política no Brasil. Além disso, ressaltam a necessidade de um diálogo aberto e respeitoso entre o poder público e as diversas esferas da sociedade, incluindo os grupos religiosos. Tal diálogo se faz essencial para a construção de políticas públicas comprometidas com a garantia dos direitos e da liberdade de todos os cidadãos, independentemente de suas crenças e convicções pessoais. No entanto, cabe ressaltar que as afirmativas do deputado sobre “perseguição religiosa” refletem uma visão específica, não necessariamente compartilhada por todos os membros do segmento religioso ou da sociedade como um todo.
Por fim, é importante lembrar que a garantia de direitos e liberdades individuais, como a união estável entre pessoas do mesmo sexo, não implica em perseguição ou desrespeito a determinadas crenças, mas sim na promoção da igualdade e do respeito à diversidade, pilares fundamentais de uma sociedade democrática. Mais informações sobre essa e outras notícias relacionadas ao cenário político brasileiro serão trazidas à medida que surgirem.