Nesta segunda-feira (5), as ações da Arezzo (ARZZ3) e do Grupo Soma (SOMA3) são destaque. Isso porque, as companhias anunciaram um novo acordo de associação, com o objeto de realizar a fusão de seus negócios e a unificação das respectivas bases acionárias. Mediante ao comunicado, os ativos sofreram um pregão de altos e baixos.

Entenda a fusão entre Soma e Arezzo
A associação formará uma empresa com faturamento de R$ 12 bilhões que será 54% controlada pelos acionistas da primeira, segundo fato relevante ao mercado. As companhias, que reuniram mais de 2 mil lojas próprias e franquias e 34 marcas, vão escolher mais adiante o nome da nova companhia, que terá os acionistas do Grupo Soma detendo os 46% restantes.
A relação de troca estabelecida no acordo prevê que os acionistas do Grupo Soma receberão 0,12 nova ação da Arezzo&Co para cada papel de Soma que detiverem.
A nova companhia terá como presidente-executivo Alexandre Birman, atual presidente da Arezzo&Co. A unidade de vestuário feminino será dirigida por Roberto Luiz Jatahy Gonçalves, atual presidente do Grupo Soma. O executivo Rony Meisler permanecerá como presidente da unidade AR&Co e Thiago Hering continuará comandando a Hering, comprada pelo Grupo Soma em 2021.
Análise de especialistas
Segundo a visão de Marco Saravalle, analista e estrategista, a fusão entre as duas empresas é positiva para os investidores, tanto de uma, como da outra.
“Meso que o mercado não compre a totalidade dessas sinergias em um primeiro momento, dentro de um cenário base de 50%, as ações devem subir cerca de 10% em bolsa. Eu estou sendo bem conservador na incorporação desse cenário de sinergia“, explica Saravalle.
“Para mim ainda faz sentido investir nas companhias, vejo uma boa entrega de resultados ao longo deste ano, gosto muito das marcas e da execução e acredito que nessa fusão, o time da Arezzo vai ter um maior domínio em relação a essa nova companhia após a fusão, marcas muito boas e fortes dentro de um cenário muito bom, lembrando que essa talvez seja a maior transação no segmento do varejo de consumo desde a operação da Raia Drogasil na fusão das duas operações”, finaliza o estrategista.